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Gabriel Feijão, de Betim é convocado para a seleção Brasileira de Futebol para amputados

Jovem de Betim teve a perna amputada após ser ferido por linha chilena sempre sonhou em ser jogador

 

O betinense Gabriel Lucas, de 17 anos, sempre teve o sonho de ser jogador de futebol. E esse objetivo sofreu um grande revés em julho de 2019, quando, ao voltar da escolinha do esporte, ele foi atingido por uma linha chilena que resultou na amputação do membro esquerdo e ali poderia enterrar de vez o sonho.

Mas, apesar do ocorrido, a vontade de seguir continuou firme e forte. Feijão, como é conhecido, precisou abandonar os gramados para se dedicar à recuperação, mas não ficou longe do esporte. 

E, nesta semana, veio a compensação: ele foi convocado pela Seleção Brasileira de Futebol para Amputados pra disputar as Eliminatórias para a Copa do Mundo da categoria, no próximo ano. 

“O meu sonho de vestir a camisa da seleção brasileira está mais perto do que eu imaginava. Fui convocado para o primeiro treino da preparação para as eliminatórias da Copa do Mundo. Quem me acompanha sabe o quanto sonhei ser jogador profissional e, agora, posso estar muito perto de defender nosso país”, salientou o garoto Gabriel. 

O esporte para pessoas amputadas e com deficiência está em evidência. As Paralimpíadas de Tóquio têm mostrado a superação dos atletas, com o Brasil conquistando diversas medalhas e recordes. 

Atualmente, Feijão treina futebol na Associação Mineira de Desportos para Amputados (AMDA), em Belo Horizonte, onde passou a atuar no esporte paralímpico. No fim do mês, ele vai para São Paulo para iniciar os treinos com a camisa amarelinha. 

“Foi na AMDA que me viram nos treinos e me convocaram para a seleção. É uma emoção muito grande, e estou muito feliz, eu e minha família. É realmente um sonho vestir a camisa da seleção que tu tinha e estou concretizando agora”, completou. 

Nessa modalidade para amputados, os jogadores tiram as próteses e usam muletas para jogarem. Cada time tem sete atletas, que atuam  em um campo de futebol society, com tamanho reduzido. O Comitê Internacional pretende testar o esporte nas Paralímpiadas de 2024.

Acreditar sempre

Ao ser atingido pela linha chilena, o corte atingiu nervos, artérias e veias. Ele precisou amputar a perna. O caso comoveu a população. Desde então, Feijão precisou se adaptar, mas não deixou de superar os obstáculos para voltar a jogar futebol. A superação dele pode ser exemplo para outras pessoas.

“O meu sonho de ser um jogador continuou e segue firme, com treinos e jogos. Não é mais como eu pensava antes do acidente, precisei mudar. E encontrei no futebol para amputados a continuidade desse objetivo. A mensagem que eu deixo para as pessoas que têm dificuldades é que tenham fé e acreditem, lutem pelos objetivos. Superando os desafios e os obstáculos, a gente consegue chegar aonde quer”, disse.