Goleira
supera drama pessoal e vira
sensação em Ipatinga
Géssica
temeu fim da carreira no
futebol, mas agora curte boa
fase
Uma
das revelações do Campeonato
Ipatinguense de Futebol
Feminino, a goleira Géssica,
de 20 anos, tem garantido a
segurança da meta do Vila
Nova, vice-líder da competição,
com quatro pontos. No último
domingo, a arqueira garantiu o
empate de 0 a 0 contra o líder
Beira Rio, pela 3ª rodada do
Ipatinguense, no campo da Vila
Formosa, com defesas
salvadoras. No fim da partida,
Géssica foi bastante
cumprimentada pelas
companheiras de equipe.
Moradora
do bairro Alegre, em Timóteo,
Géssica joga futebol desde os
sete anos de idade. Iniciou
como atleta de linha, jogando
futsal, e depois futebol de
campo. O talento da atleta por
pouco não foi obrigado a sair
de cena, em razão de um
delicado problema de saúde. Géssica
nasceu com sopro no coração.
A necessidade de tratamento,
entretanto, só foi detectada
quando completou 16 anos.
“Aos
16 anos, eu estava cansando
muito como jogadora de linha,
no campo. Foi daí que fiz
minha primeira partida como
goleira, para ver se eu
cansava menos. Mas não deu.
Então, fiz exame e foi
diagnosticado o sopro no coração.
Tive que interromper a prática
do futebol. Iniciei o
tratamento aos 18 anos. Foi
difícil, porém, depois de
dois anos, o médico me
liberou para voltar a jogar
futebol”,conta
Géssica que, após o
tratamento, passou a atuar
apenas como goleira.
Medo
Géssica
admite que temeu pelo fim da
carreira.
“Foi
uma vitória quando o médico
me liberou. Achei que nunca
mais eu jogaria. Temi por
isso, pois sou apaixonada por
futebol. Tenho o sonho de ser
atleta profissional”,
afirma.
Géssica
conta que é torcedora do
Vasco da Gama, influenciada
pelo irmão, Geanderson, e
revela em qual goleira busca
inspiração.
“Gosto
muito da Andréia (titular da
seleção brasileira). É uma
goleira em quem eu me
espelho”,
comenta.
Diante
do drama pessoal que
vivenciou, Géssica conta que
aprendeu algumas lições, e
sempre carrega consigo uma
filosofia de vida.
“Quando
a gente perde, não pode
baixar a cabeça, porque
sempre vai haver um amanhã, e
as coisas podem mudar”,ensina
a goleira