Campeonato
Carioca - 1987 - Vasco
Campeonato Carioca -
1988 - Vasco
Copa da Holanda - 1988
- PSV Eindhoven
Campeonato Holandês -
1989 - PSV Eindhoven
Copa da Holanda - 1989
- PSV Eindhoven
Copa América
(Campeonato
Sul-Americano) - 1989
- Brasil
Campeonato Holandês -
1990 - PSV Eindhoven
Copa da Holanda - 1990
- PSV Eindhoven
Campeonato Holandês -
1991 - PSV Eindhoven
Campeonato Espanhol -
1994 - Barcelona
Copa do Mundo - 1994 -
Brasil
Campeonato Carioca -
1996 - Flamengo
Copa América
(Campeonato
Sul-Americano) - 1997
- Brasil
Copa das
Confederações
- 1997 - Brasil
Campeonato Carioca -
1999 - Flamengo
Copa Mercosul - 2000 -
Vasco
Campeonato Brasileiro
- 2000 - Vasco
Feito(s)
Artilheiro
- 1986 - Vasco
do Campeonato Carioca
com 20 gols
Artilheiro - 1987 -
Vasco
do Campeonato Carioca
com 16 gols
Artilheiro - 1988 -
Brasil
do Torneio Olímpico
de Futebol com 7 gols
Artilheiro - 1989 -
PSV Eindhoven
do Campeonato
Holandês com 19 gols
Artilheiro - 1990 -
PSV Eindhoven
do Campeonato
Holandês com 23 gols
Artilheiro - 1991 -
PSV Eindhoven
do Campeonato
Holandês com 25 gols
1994 - Barcelona
Eleito melhor jogador
do mundo pela Fifa
Artilheiro - 1994 -
Barcelona
do Campeonato Espanhol
com 30 gols
Artilheiro - 1996 -
Flamengo
do Campeonato Carioca
com 26 gols
Artilheiro - 1997 -
Flamengo
do Campeonato Carioca
com 18 gols
Artilheiro - 1997 -
Brasil
da Copa das
Confederações com 7
gols
Artilheiro - 1998 -
Flamengo
do Campeonato Carioca
com 10 gols
Artilheiro - 1999 -
Flamengo
do Campeonato Carioca
com 16 gols
Artilheiro - 1999 -
Flamengo
da Copa Mercosul com 8
gols
Chuteira de Ouro da
revista Placar - 1999
- Flamengo
Artilheiro - 2000 -
Vasco
do Campeonato Carioca
com 19 gols
Artilheiro - 2000 -
Vasco
da Copa Mercosul com
11 gols
Eleito o melhor
jogador das Américas
pela revista - 2000 -
Vasco
Chuteira de Ouro da
revista Placar - 2000
- Vasco
Artilheiro - 2001 -
Vasco
Campeonato Brasileiro,
com 21 gols
Chuteira de Ouro da
revista Placar - 2002
- Fluminense
Artilheiro - 2005 -
Vasco
Campeonato Brasileiro,
22 gols
Marrento
sim, e daí?
Como Maradona em 1986 e
Garrincha em 1962, Romário
ganhou uma Copa do Mundo
praticamente sozinho. Foi a
dos Estados Unidos, em 1994, o
Tetra do Brasil, quando deixou
sua marca de artilheiro em
cinco das sete partidas.
Isso já diz um bocado a
respeito de Romário. Mas é
pouco. Com seu 1,68 m,
marrento e fantástico
goleador, o Baixinho é uma
lenda do futebol mundial.
Garoto pobre da Vila da Penha,
subúrbio carioca, Romário
apareceu no Vasco em 1985, aos
19 anos, para compor dupla de
ataque com Roberto Dinamite.
No mesmo ano, estreava na
Seleção Brasileira de
juniores aprontando das suas,
para variar.
Era presença certa no Mundial
da categoria na União
Soviética. Mas seu nome sumiu
da lista meses antes, depois
do Campeonato Sul-Americano.
Tudo porque sua maior
diversão na concentração
era ficar na sacada do hotel
urinando na cabeça de quem
passava lá embaixo. Corte na
certa.
Polêmico fora de campo (cobra
dívidas em público e já
bateu boca com Zico e Pelé),
dentro dele Romário e suas
pernas curtas protagonizaram
alguns dos momentos mais belos
e inesquecíveis da história
do futebol.
Seu habitat natural é a
grande área. Dos zagueiros do
tipo guarda-roupa, ele se
livra com um simples gingado,
um imprevisível drible de
corpo; e dos goleiros bem
colocados, com um totó de
bico de chuteira.
Em 1999, a revista Trip lhe
perguntou sobre Maradona. A
resposta veio seca: "Eu
fiz mais gols do que ele,
ganhei mais do que ele. No
futebol moderno dos últimos
15 anos, Maradona só perde
para mim".
Assumido admirador das
noitadas e incorrigível
gazeteiro de treinos, Romário
sempre teve problemas com
técnicos. Um deles foi Carlos
Alberto Parreira, que comandou a
Seleção Brasileira na Copa
de 1994.
Durante as eliminatórias, o
treinador já havia dado a
entender que o craque-problema
era carta fora do seu baralho.
Mas com o titular Müller
contundido, não havia
parceiro para Bebeto no
ataque.
Contra o Uruguai, no
Maracanã,
a classificação do Brasil
estava em jogo. Parreira
ponderou e achou melhor
recorrer ao Baixinho, que
estava barbarizando na Espanha
pelo Barcelona. Resultado:
Brasil 2 x 0, dois gols de
Romário. Depois do show
particular, ele ainda
prometeu: conquistaria o Tetra
para o Brasil.
A Copa dos Estados Unidos
viria a ser o seu segundo
Mundial. Em 1990, na Itália,
viu contundido do banco de
reservas o fiasco do
selecionado de Sebastião
Lazaroni.
Também por contusão foi
cortado do terceiro, na
França, às vésperas da
estréia. Por mais que
prometesse se recuperar a
tempo, Romário não teve
chance. Voltou para o Rio de
Janeiro e trabalhou como
comentarista de uma rede de
televisão durante o torneio.
A pergunta jamais vai calar:
"E se ele estivesse
naquela decisão contra os
franceses? O Brasil teria
voltado para casa sem o
Penta?" Amado por muitos,
odiado por poucos, Romário é
unanimidade entre quem
realmente entende de bola.
Perguntado se o Baixinho teria
uma camisa de titular no
fabuloso time que venceu a Copa
do México, em 1970, o ex-ponta
de lança Tostão foi
definitivo: "Eu dava a minha
para ele".
Em 2000 teve um dos melhores
anos de sua carreira ao marcar
67 gols somente com a camisa
do Vasco, que lhe permitiram
quebrar um recorde histórico
de Roberto Dinamite, até
então
o maior goleador do clube em
uma temporada (62 gols em 81).
Com a crise técnica por qual
passava a Seleção, o Baixinho
voltou a ser convocado para os
jogos da equipe nas
Eliminatórias da Copa.
Logo em seu primeiro jogo,
contra a Bolívia, no
Maracanã, em setembro de
2000, marcou três gols na
vitória por 5 x 0. Porém
ficou sabendo nessa mesma
semana que o técnico
Wanderley Luxemburgo havia
vetado a sua participação na
Olimpíada de Sydney.
Romário continuou com
prestígio na Seleção mesmo
após a demissão de
Luxemburgo e a chegada de
Émerson Leão ao time. Porém a
situação começou
a mudar quando Luiz Felipe
Scolari foi escolhido para
assumir a equipe.
Inicialmente, Felipão cogitou
manter o "Baixinho"
na equipe. Mas mudou de idéia
quando Romário pediu dispensa
da Copa América da Colômbia,
em 2001.
O atacante alegou que
precisava submeter-se a uma
intervenção cirúrgica em
seus olhos, mas seguiu com o Vasco
para uma série de amistosos
no México.
Preterido por Felipão, ele
caiu de rendimento e acabou
por rescindir seu contrato com
o Vasco.
Sondado por clubes como
Palmeiras, Santos, Corinthians
e Flamengo, acabou optando por
defender o Fluminense no
Brasileiro de 2002, ano do
centenário do Tricolor
carioca. Em 2003 jogou no
Al-Sadd - ficou pouco tempo -
e retornou às Laranjeiras.
E, de volta ao clube carioca,
Romário reservou mais uma
encrenca. Com apenas 5 gols
marcados durante o Brasileirão
e enfrentando nova série de
contusões, o jogador
direcionou sua fúria ao
técnico interino Alexandre
Gama depois de ser barrado do
time. Desta vez, porém,
perdeu a briga e
deixou o clube, para ao final
de 2004, revelar que estava
sem vontade, anunciando o fim
de sua carreira.
Em 2005, beirando os 40 anos,
Romário conseguiu uma das
maiores façanhas de sua
carreira, ao marcar 22 gols e
se tornar o artilheiro do
Campeonato Brasileiro. Isso,
com a camisa do Vasco da Gama.
Já "quarentão",
Romário partiu para aventura
nos Estados Unidos em 2006,
defendendo o Miami FC em uma
liga secundária do país.
Lá, fez sucesso e foi
artilheiro do Campeonato.
Depois disso, transferiu-se
para o mineiro Tupi, onde não
conseguiu atuar sequer em uma
partida por problemas
burocráticos. Então,
transferiu-se para o Adelaide
United, da Austrália, herói
do tetra, que parece dar os
últimos passos de sua
vitoriosa carreira, tentou
alcançar os mil gols. Mas só
balançou a rede uma vez na
Oceania.
Até que voltou ao Rio de
Janeiro, para vestir novamente
a camisa do clube que o revelou,
novamente sob a batuta de
Eurico Miranda. Com moral em
São Januário, ele chegou à
marca comemorativa (segundo
suas contas) e até virou
treinador. Mas uma desavença
com o presidente do clube e o
crescente descontentamento com a
diretoria forçaram sua
saída.
Em evento comemorativo no Rio
de Janeiro, Romário anunciou
definitivamente sua
aposentadoria dos gramados no
dia 14 de abril.