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Equilíbrio marca as finais do Torneio Rola Bola 

 Três partidas equilibradas definiram os campeões do VIII Torneio Rola Bola de Futebol Amador. Nas finais da categoria infantil, juvenil e feminina, disputadas ontem, 8, no campo do Grêmio Mineiro, nenhuma equipe prevaleceu no tempo normal: pelo feminino, Proínter e Tupinense empataram em 2 a 2, com o Proínter sagrando-se campeão nos pênaltis, por 4 a 3; pelo juvenil, Riachinho ficou com o título, após empatar em 0 a 0 com o Jusg e vencer por 6 a 5 nas penalidades. Já no infantil, União e Inconfidência travaram uma disputa acirrada, com empate em 1 a 1 no tempo normal e vitória do União por 4 a 3 nos pênaltis.

A Secretaria de Estado de Esportes (Seesp-MG), que promove anualmente a competição, com o apoio da Loteria Mineira, premiou os quatro primeiros colocados de cada categoria com troféus. A colocação foi a seguinte: juvenil – 1o Riachinho, 2o Jusg, 3o Pompéia, 4o Suzana (na decisão do terceiro lugar, o Pompéia venceu o Suzana por 4 a 1); infantil – 1o União, 2o Inconfidência, 3o Vera Cruz (Betim), 4o Mixto (na decisão do terceiro lugar, o Vera Cruz venceu Mixto por 6 a 2); feminino – 1o Proínter, 2o Tupinense, 3o Emip, 4o Barreiro. Durante a cerimônia de premiação, o secretário de Estado de Esportes, Sergio Bruno Zech Coelho, entregou jogos de camisas e bolas aos participantes do Torneio Rola Bola.

Competição elogiada

Entre os destaques do campeão feminino, o Proínter, estava Adriana Rodrigues, 17. “Demos nossa vida pelo campeonato. Foi muito importante”, frisou. Priscila Guimarães, 17, foi a artilheira da categoria feminina, com 9 gols. Humilde, alega que “só cheguei até aqui porque o nosso time estava unido e pretendo repetir a façanha no ano que vem”. No juvenil, antes da decisão, o capitão de Riachinho, o zagueiro Ronaldo Eustáquio, 17, disse que “a organização da competição é muito boa. É um campeonato difícil, que exige concentração e muito treinamento”, completou, ressaltando a importância da conquista.

Na equipe do Jusg, o goleiro Wágner, que participou pela segunda vez do Rola Bola, disse: “O torneio é muito bom. É um grande incentivo para quem começa. Tomara que a Seesp continue com essa iniciativa, que tira jovens carentes das ruas”. O técnico da equipe, Welton Cruz, o “Tom”, também fez questão de ressaltar o trabalho da Seesp. “A competição é exemplo em organização, premiação e incentivo à prática esportiva. No Rola Bola não há espaço para discriminar pobres ou ricos, negros ou brancos”.

No infantil, os campeões do União esbanjaram alegria. “Jogamos com o coração na ponta da chuteira, e isso foi decisivo para buscarmos o título”, disse Alan Souza, atacante, 15. Para o treinador, Vanderlei Isidoro, os méritos da conquista vão para a disciplina dos atletas: “Todos os meus jogadores souberam respeitar, tanto dentro quanto fora de campo”.

Já os vice-campeões do Inconfidência demonstraram espírito esportivo após o jogo. Hernane de Castro, 15, lateral, afirmou que “foi uma honra chegar até a final. Com o esporte não caímos nas drogas”. O técnico Márcio Antônio, o “Grapete”, elogiou o trabalho da superintendente de Esportes da Seesp, Leonésia Cardoso: “O campeonato dá oportunidade aos jovens e crianças. A Leonésia Cardoso faz um excelente trabalho de política social, pois com o Rola Bola conseguimos unir não só as crianças, mas também suas famílias, que compareceram aos jogos”.

Fórmula de disputa

Participaram da competição, em 2002, 124 equipes na categoria juvenil masculina, 87 na infantil e dez na feminina. O Torneio Rola Bola, que teve uma duração de quase três meses, adotou uma nova fórmula de disputa: a primeira fase da competição foi disputada em rodízio simples, com as equipes divididas em chaves de quatro, dentro de nove regionais: Noroeste, Venda Nova, Centro Sul, Norte, Barreiro, Nordeste, Leste, Pampulha e Oeste. O campeão de cada chave passou a fase seguinte, que ocorreu em eliminatórias simples. A Seesp custeou toda a arbitragem da competição.

Segundo o secretário de Estado de Esportes, Sergio Bruno Zech Coelho, a abertura do Torneio Rola-Bola para as categorias de base tem como principal objetivo a revelação de novos talentos. “Os garotos, iniciando a carreira esportiva mais cedo, terão maiores oportunidades nos clubes profissionais”, acredita. 

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