Futebol Amador de Minas Gerais

O Esporte do Verdadeiro "Amor" à Camisa

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Fonte - Jornal Diário da Tarde - BH - MG - Segunda-Feira - 23/10/2006

Preconceito ainda ronda Futebol Amador feminino

O futebol feminino conquistou muito respeito no Brasil após a medalha de prata da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, mas, no amador, o preconceito ainda reina dentro e fora de campo. Alguns fatores geram polêmica, como o homossexualismo e a discriminação de torcedores e até mesmo de dirigentes. No entanto, as jogadoras se defendem da maneira que podem, mas também do jeito mais tradicional: com xingamentos.

O presidente do Manchester e ex-técnico de futebol amador, Deraldo Costa, ressaltou a dificuldade em lidar com as jogadoras mais enérgicas. Não tem disso de ser mulher que não será cobrada como os homens dentro de campo. Nós xingamos, elas xingam de volta e em tom mais alto até. O tratamento é igual, não há diferença. Elas têm que agüentar porque entram em campo sabendo o que vão enfrentar.

A fragilidade feminina não faz parte do mundo do futebol amador. Nas rodadas, somente a voz muda no tratamento inclusive com a torcida. Essa rotina já se tornou em uma realidade para as jogadoras, como destacou a jogadora do Paraíso, Vânia. Não é tanto com grosseria que respondemos. Claro, no calor do jogo, também explodimos e daí os palavrões saem meio sem querer. Mas, na maioria das vezes, em resposta a quem está nos atacando justificou.

Para Deraldo, há muitos xingamentos, palavrões e as mulheres não têm mais aquele perfil tradicional de meninas choradeiras. É raro uma jogadora de futebol amador que saia chateada com alguém porque entende que isso faz parte do jogo. No fim, nos abraçamos, agradecemos pelo trabalho e esses ataques ficam no passado, diz.

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