Futebol Amador de Minas Gerais

O Esporte do Verdadeiro "Amor" à Camisa

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Fonte - Jornal Diário da Tarde - BH - MG - Segunda-Feira - 23/10/2006

Futebol Amador dá lições de esporte e cidadania em Santa Luzia

Em Santa Luzia, quem tem ganhado com o esporte amador são as crianças e os idosos. A parceria entre clubes de futebol amador, voluntários, ONG s e prefeitura vem gerando na cidade importantes ações para a formação de cidadãos e melhoria da qualidade de vida de vários beneficiados. Se não conseguimos criar atletas, vamos criar cidadãos, é o que afirma Leandro Costa, uma prova viva de como esporte e cidadania podem sempre andar juntos. Leandro atua há quatro anos no Londrina, e além de ser monitor, trabalhando com 200 crianças todos os dias de 8 às 17h, é atleta da equipe amadora.

O Londrina estabeleceu parceria com o projeto Atleta do Amanhã, e a partir daí novos projetos vêm surgindo, sendo o último deles, o Caminhando com a Terceira Idade. A idéia do projeto surgiu quando eu estava percebendo que minha mãe estava adotando uma vida sedentária. Um dia eu a ouvi dizendo para as amigas que gostaria de ver seu filho desenvolvendo algum projeto em que ela pudesse participar, conta Leandro. Assim, o atleta fez mais uma parceria com um posto de saúde próximo ao campo do Londrina, e fez a primeira caminhada, que reuniu apenas 17 idosos. Hoje, o projeto reúne 120 pessoas e acontece todos os dias de 7h às 8h. Este projeto é muito importante para o equilíbrio e para saúde dos idosos, completa.

Os times de futebol amador do Londrina vêm passando por reformulações, trocando diretoria e jogadores. Segundo Leandro, que ainda trabalha com as equipes júnior, infantil e mirim, o Londrina sofre com a falta de incentivos e recursos. Depois de ter disputado campeonatos da Liga de Santa Luzia nas diversas categorias, o Londrina, que não conseguiu resultados expressivos, se prepara agora para o Torneio da Amizade.

O campeonato é uma disputa entre as quatro equipes que utilizam o campo do Londrina. Warley Rodrigues, atleta do amador, se mostra animado com o torneio. O futebol corre na veia, estou voltando para o amador depois de 15 anos longe. Minhas expectativas são as melhores possíveis para o campeonato, afirma. Leandro faz ainda uma avaliação sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido, desde 2002, quando entrou no Londrina: “Estamos crescendo cada vez mais no lado social. Noto que as pessoas estão cada vez mais envolvidas e preocupadas com o próximo”.

Experiência em times profissionais

Tanto Leandro Costa quanto Warley Rodrigues, além de atuantes na várzea de Santa Luzia, possuem histórias que envolvem times profissionais. Warley, por exemplo, começou no futebol atuando pelo Ipiranga. Depois, realizou um teste no time do Cruzeiro e foi bem-sucedido. Após atuar três meses nas categorias de base do time celeste, o atleta foi obrigado a deixar o clube. Minha mãe não gostava de me ver no futebol, por achar que não seria um caminho promissor, conta. Depois de sair do Cruzeiro, o atleta chegou ainda a jogar pelo Venda Nova, mas depois de dois meses resolveu largar de vez o futebol.

Leandro, ao contrário de Warley, teve o primeiro contato com o esporte através de sua mãe. O atleta chegou a atuar como profissional pelo time do Venda Nova e em diversas equipes do amador. Minha mãe era técnica do Londrina, e por causa dela acabei entrando na equipe , conta o atleta. Até hoje dona Lilia, mãe de Leandro, é a técnica do time amador do Londrina, do qual Leandro faz parte.

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