Bengala
ainda jogava quando
surgiu Leonídio
Fantoni, o “carrasco
dos clássicos
mineiros”.
Inteligente,
habilidoso, um craque,
Niginho, nascido em
12/2/12, foi o mais
ilustre representante
da família que marcou
significativamente a
história do clube.
Seus
irmãos Nininho, Não e Orlando
(vitorioso,
posteriormente, como técnico
no Cruzeiro, no Vasco
e no Grêmio)
e seus sobrinhos
Benito e Fernando
foram atletas do
Palestra/Cruzeiro. Não
teve o enterro apoteótico
de Nininho - morto
tragicamente quando
defendia a Lazio, de
Roma -, em cujo velório
esteve até o Duce
Benito Mussolini. Mas
teve uma carreira
marcante. Foi um dos
primeiros craques
brasileiros a ir jogar
na Itália, contratado
pela Lazio, em 1932,
com apenas 20 anos.
Em
seu primeiro clássico,
contra o Milan, marcou
todos os gols da
goleada por 4 a 0. Em
1935, fugiu da Itália,
para não ter de
atender à convocação
para o exército de
Mussolini, para lutar
na guerra contra a
Abissínia. De volta
ao Brasil, fez um jogo
pelo Atlético, passou
pelo Palestra Itália
paulista, o futuro
Palmeiras, e, como
jogador do Vasco, foi
convocado para a Copa
do Mundo de 1938, na
França.
Reserva
de Leônidas, seria o
substituto natural do
Diamante Negro,
contundido, na
semifinal diante da Itália.
Os dirigentes
italianos
movimentaram-se nos
bastidores da Fifa,
referendados por
Mussolini, e
conseguiram vetar a escalação
de
Niginho, sob a acusação
de ser um desertor.
No
retorno ao Brasil,
voltou triunfantemente
ao Palestra de origem,
tendo sido campeão em 1940,1943/44/45 e,
como técnico,
1959/60/61.