Ninguém poderia sequer
imaginar. Ao final da tarde de uma quarta-feira de outubro,
aparentemente comum, a natureza reservou para Moeda uma
surpresa assustadora e ao mesmo tempo bela. Foram vinte e
cinco minutos de uma violenta chuva de granizo que assustou os
habitantes. "Parecia que o céu estava desabando. O
granizo voava até de lado". Felizmente ninguém se
feriu, e, apesar de algumas moradias e estabelecimentos
comerciais danificados, o saldo foi o que se vê ao lado: uma
beleza digna das mais belas cidades da Europa. Passado o
susto, o gelo, retirado em vários caminhões, serviu de
brinquedo para as crianças de Moeda.
História
e Geografia de Moeda
Por
volta de 1914, com a chegada dos trilhos da estrada de ferro
Central do Brasil, a cidade começou a ser povoada. A inauguração
da linha férrea se deu em 1919 e a estação construída
recebeu o nome de Estação de Moeda. Em 1925 foi criada a
sede do distrito de Moeda, onde hoje se localiza a cidade. A
rodovia também contribuiu para o desenvolvimento e ocupação
da região, sendo pavimentada apenas em 1990. A criação do
município de Moeda, se deu por força da divisão
administrativa e judiciária do Estado fixada pela Lei
Estadual nº 1039 de 12 de dezembro de 1953. Foram
desmembrados do município de Belo Vale os distritos de Moeda
e do Côco, que passaram a constituir o novo município com
sede em Moeda, subordinado judicialmente à Comarca de Belo
Vale.
A
cidade de Moeda está localizada na zona Metalúrgica do
estado de Minas Gerais na
microregião de Campos da Mantiqueira, a sudeste de Belo
Horizonte, a 799m de altitude em relação ao nível do mar. O
município ocupa uma área de 155,01 km2 e
encontra-se localizado a 65 km do centro de Belo
Horizonte pela rodovia e 96 km por ferrovia.
Pessegueiro
O lugarejo recebe até mesmo alguns dos ônibus oriundos de
Belo Horizonte. Conta com boa parte da população de Moeda.
É mais conhecido pelas cachoeiras que abriga e, apesar da à
primeira vista parecer pequeno, possui razoável
infra-estrutura e conta até mesmo com uma equipe local de
futebol.
Porto Alegre
Nas
longas viagens dos Bandeirantes, sob o comando de Fernão Dias
Paes Leme, os mesmos encontraram um lugarejo de pessoas
alegres e humildes que habitavam às margens do Ribeirão da
Barra, afluente do Rio Paraopeba. No encontro das águas
formava-se um verdadeiro Porto, que servia de parada aos
barcos da época, os quais seguiam com o ouro extraído na
região. Por isso a origem de seu nome "Porto
Alegre". A data exatamente não se deu a conhecer.
No
ano de 1922, já tomando forma de vila, com várias casas,
surge o Cartório do Sr. João Lamonier de Vilhena e o
primeiro comércio, pertencente aos Senhores José Belo e Sr.
José Joaquim. Da Igreja, datada de 1919, é dito que seu
padroeiro, "Senhor Bom Jesus", já realizou vários
milagres. Em 1944, para recepcionar vários fiéis, os
moradores da época: Sr. José Jacinto de Souza, José Maria
dos Santos, José Joaquim Rocha Braga, dentre outros,
idealizaram a promoção de uma festividade, havendo missa
campal, confissões e homenagem ao padroeiro. Sob a administração
do Prefeito Amarílio Augusto da Rocha, foi inaugurado o Grupo
Escolar, chamado "Francisco Alves de Brito", que
tinha como primeiras professoras: Raimunda da Silva e Ruth
Lamunier de Vilhena. É importante ressaltar as famílias que
ao longo dos anos dão forma e vida a Porto Alegre. Famílias
como a do Sr. Totonho e D. Zezeca, Sr. Crispim e D. Dionísia,
que enobrecem este distrito.
Marinho da Serra:Segundo os
moradores mais antigos, o nome do distrito é devido ao
primeiro homem a habitar a região. Vindo de Portugal, Marinho
iniciou na sua fazenda a primeira lavoura da região, apenas
de subsistência.
A
localidade é de moradores humildes e, de acordo com o Sr.
Geraldo, de setenta e oito anos, está diminuindo a cada dia:
"...os mais jovens não ficam por aqui, vão procurar
trabalho na cidade."
Contendas:
A habitação desta localidade remonta tempos mais remotos. No
final do século XVIII foi erguida no local a casa de uma
fazenda. Algum tempo depois o Padre Silvério Ribeiro de
Carvalho, segundo proprietário da fazenda, ergueu ao lado da
propriedade a ermida de São João Batista. A fazenda media
550 alqueires na sua totalidade. Após a morte do Padre a
fazenda foi posta em hasta pública. Assim todos os bens foram
revertidos em benefício de instituições de caridade e os
escravos ficaram forros. Atualmente pode-se visitar as ruínas
da antiga construção feita pelo Padre Silvério, ao lado de
um campo de futebol.
Política
Moeda
foi emancipada de Belo Vale em 12 de dezembro de 1953 e em
1954 houve a primeira eleição. Os candidatos foram Paulo
Alves Carmo do PSD e Antônio Antunes Carmo da coligação
PR/UDN. Moeda possuiu na sua história 9 prefeitos que
governaram em 11 mandatos:
PREFEITO
PERÍODO
Paulo
Alves do Carmo
1955-1958
Eduardo Ducernino da Silva
1959-1962
Geraldo Teodoro de Moura
1963-1966
Paulo Alves do Carmo
1967-1970
Osvaldo Fonseca Machado
1971-1972
José Maria dos Santos
1973-1976
Paulo Alves do Carmo
1977-1982
Gilberto Alves
1983-1988
Celso Alves
1989-1992
Jânio Acir Moreira
1993-1996
Luiz França Silva
1997-2000
Gilberto
Alves
2001-2004
A cidade conta com 3454
eleitores (Out/02). Nas eleições de 2002, foram 3086
comparecimentos às urnas. Esse pleito compôs o poder do
Presidente da república, governador, Deputado Federal,
Deputado estadual e Senador mandato de janeiro de 2003 à
dezembro de 2007.
O primeiro prefeito de
Moeda foi Sebastião Coutinho, nomeado em 1953. Seu mandato
foi de 1953 até 1954, quando ocorreu a primeira eleição.
Informações:
Prefeitura Municipal de Moeda - CEP: 53.470-000. Telefone:
(31) 3575.1101