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 O Esporte do Verdadeiro Amor à Camisa

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O sumo da Laranja Mecânica

O Ajax nunca mais foi mesmo após a chegada de Rinus Michels, em 1965. Revolucionário, ultrapassou todos os conceitos já estabelecidos para o futebol daquela época ao implantar o futebol total, que mais tarde seria apelidado pela imprensa de "carrossel holandês" - alusão ao uniforme da seleção holandesa.

Michels exigia que seus jogadores não guardassem uma posição fixa e, sim, que ocupassem diferentes faixas de campo durante a partida. A movimentação sem a bola para confundir o adversário - todos marcando e todos atacando - eram as principais características desse estilo de jogo que encantou o mundo todo.

O Ajax tinha também um treinador dentro de campo: Johan Cruijff. Ele organizava o time, passava instruções a seus companheiros e era o homem de confiança de Michels.

É curiosa a história de Cruijff dentro do Ajax. Antes de ser jogador da equipe, o maior jogador holandês de todos os tempos, trabalhava de gandula e engraxava as chuteiras dos profissionais da equipe. Seu pai era dono de uma lanchonete dentro do clube.

Cruijff teve duas passagens pelo Ajax. A primeira, de 1964 a 1973, quando saiu para jogar no Barcelona e a segunda, de 1981 a 1983, quando encerrou sua carreira. Ao todo, Cruijff disputou 275 partidas pelo Ajax, marcando 205 gols.

A grande equipe de Cruijff, Neeskens e Krol conquistou 6 campeonatos holandeses, 4 copas da Holanda, 3 Copas dos Campeões da Europa e 1 Mundial Interclubes. A primeira conquista européia do Ajax foi a Copa dos Campeões, em 1971. Na final, o clube derrotou o Panathinaikos, da Grécia, por 2 x 0. O Ajax conquistou o bicampeonato europeu em 1972, derrotando a Internazionale por 2 x 0. Em 1973 veio o tri, batendo a Juventus por 1 x 0.

O clube conquistou o Mundial Interclubes em 1972 com a vitória sobre o Independiente, por 3 x 0. Nos outros dois anos, o Ajax optou por ceder sua vaga na final do Mundial Interclubes para os vice-campeões europeus, devido à violência sul-americana, principalmente por parte de argentinos e uruguaios. Mesma violência que fez Cruijff decidir não disputar a Copa do Mundo de 78, na Argentina militarizada.

Time Base: Stuy (Bals), Suurbier, Hulshoff (Blankerburg), Vasovic e Krol (Van Duivenbode); Haan (Pronk), Neeskens (Groot), e Swart (G. Muhren); Cruijff, Rep (Van Dijk) e Keizer.

Grandes Jogadores: Cruijff, Neeskens, Rep, Krol e Haan.

Títulos: Campeonato Holandês: 6 (1966, 1967, 1968, 1970, 1972 e 1973); Copa da Holanda: 4 (1967, 1970, 1971 e 1972); Copa dos Campeões da Europa: 3 (1971, 1972 e 1973); Supercopa: 2 (1972 e 1973); Campeão Mundial Interclubes: 1 (1972).