O presidente Santiago
Bernabeu tinha um
sonho: formar o maior
time do mundo. Desde
os anos 20, quando
havia sido jogador da
equipe, o presidente
Santiago Bernabeu
alimentava esse
desejo. E ele não
mediu esforços para
isso, tanto que seu
sonho se concretizou.
O Real contratou
craques como Puskas,
Di Stéfano, Gento,
Kopa e Didi. No fim da
década de 50, o time
podia se orgulhar de
possuir os maiores
astros do futebol da
época, vindos de vários
países e que formavam
uma verdadeira seleção
mundial, considerado
por muitos como o
melhor time já visto.
O
ataque formado por
Puskas, Kopa, Di Stéfano
e Gento destruiu as
defesas da Europa. Ao
todo, essa máquina de
jogar futebol
conquistou 9 títulos
em 5 anos. Foram 3
campeonatos espanhóis,
1 Mundial Interclubes
(1960), derrotando o
Penãrol na final por
5 x 1, em Madrid - foi
o primeiro clube a
conquistar esse troféu.
Também foram 5 Copa
dos Campeões da
Europa de forma
consecutiva (1956 a
1960). Um feito inédito,
jamais superado. O
Real Madrid chegava a
receber U$ 60 mil por
amistoso, o dobro do
que era pago ao Santos
de Pelé.
A
equipe atingiu esse
status muito graças
ao seu presidente.
Bernabeu era
perfeccionista. Para
ele não valia o jargão
"Em time que está
ganhando, não se
mexe". Ano após
ano, ele fazia questão
de reforçar sua
equipe incluindo novos
craques.
Em
1953, Bernabeu estava
viajando pela América
do Sul. Assistiu a uma
partida do
Millonarios, da Colômbia
(País que havia
fundado uma liga
pirata e seus clubes
traziam os melhores
jogadores argentinos
sem pagar nenhum
centavo pelos passes),
e se encantou pelo
futebol dos argentinos
Nestor Rossi e Alfredo
Di Stefano. Com Rossi,
o negócio não se
concretizou, mas ao
trazer Di Stefano,
Bernabeu levava aquele
que comandaria a sua
equipe, se
concretizando na maior
estrela daquele time.
Logo depois, chegaria
o ponta-esquerda
Gento.
Em
1956, o Real conquista
o primeiro título
europeu em uma final
contra o Reims, da
França, na qual após
estar perdendo por 2 a
0, conseguiu virar
para 4 a 3.
A
ambição de Bernabeu
parecia não ter fim.
Logo depois do título
europeu, traria o
francês Kopa e o húngaro
Puskas, astro do
Honved, que só
jogaria em 1959, pois
teria que cumprir uma
suspensão de dois
anos por ter se
desligado do clube sem
autorização. Mais
craques chegavam ao
clube: o brasileiro
Didi (que logo iria
embora por desavenças
com Di Stéfano) e o
zagueiro uruguaio
Santamaria.
Hoje,
o estádio da equipe
leva o nome do
ex-presidente. Uma
justa homenagem àquele
que formou o maior
Real Madrid de todos
os tempos.
Time
Base: Dominguez,
Marquitos, Santamaria
e Pachin; Casale, Del
Sol e Rial; Kopa, Di
Stéfano, Puskas e
Gento.
Principais
craques: Di Stéfano,
Puskas, Canário, Kopa
e Gento .
Títulos:
Campeão Espanhol:
1955, 1957 e 1958;
Copa dos Campeões da
Europa: 1956, 1957,
1958, 1959 e 1960;
Campeão Mundial
Interclubes: 1960.