Após quatro anos, em
que esteve por duas
vezes na segunda
divisão italiana
(série B), o Milan
precisava recuperar
seu prestígio junto à
torcida. Para isso,
seu presidente,
Sílvio Berlusconi
(magnata das
telecomunicações e
na época primeiro
ministro da Itália),
resolveu investir
pesado. Trouxe o
treinador Arrigo
Sacchi e grandes
estrelas, como os
holandeses Gullit, Van
Basten e Rijkaard e o
francês Papin, que se
juntaram a talentosos
jogadores italianos,
como o líbero Baresi,
o lateral esquerdo
Maldini e os
meio-campistas
Donadoni e Ancelotti.
Estava formado o
grande Milan, que
dominou o futebol
italiano, europeu e
mundial do final dos
anos 80 e início dos
90. Durante esse
período,
o que se via em Milão
eram estádios
lotados, falta de
ingressos e a torcida
rubro-negra em êxtase
total.
Em
1989, o time
conquistou a Copa dos
Campeões com
atuações
inesquecíveis, como
na semifinal contra o
Real Madrid, quando a
equipe italiana bateu
os espanhóis por 5 x
0. Na final, contra o
Steaua Bucareste,
outro show dos
comandados de Sacchi:
4 a 0. No fim de 1989,
a equipe disputou a
final do Mundial
Interclubes contra o
Nacional de Medellin.
Vitória por 1x0.
A
equipe conquistou o
bicampeonato da Copa
dos Campeões de 1990
depois de bater o
Benfica, de Portugal,
por 1x0. O Milan
chegava a mais uma
final de Mundial
Interclubes e seria
bicampeão, após
golear o Olímpia, do
Paraguai, por 3 x 0.
Cerca de 2000
torcedores entraram no
avião para acompanhar
o time do outro lado
do mundo.
Em
1993, time perdeu a
final da Copa dos
Campeões para o
Olimpique de Marseille
por 1 x 0, mas
garantiu vaga na final
do mundial interclubes
graças a denúncias
de corrupção
envolvendo o
presidente do clube
francês, Bernard
Tapie. Em Tóquio, a
equipe foi derrotada
pelo São Paulo por 3
x 2. Nessa temporada,
houve uma mudança no
comando técnico da
equipe. Arrigo Sacchi
assumiu a seleção
italiana e, para seu
lugar, veio Fabio
Capello.
O
time ainda ganharia o
campeonato italiano de
1994 e a Copa dos
Campeões do mesmo
ano, derrotando o
Barcelona, de Romário,
por incríveis 4 x 0.
No final do ano, mais
uma final de Mindial
Interclubes. E o Milan
perdeu. Vitória dos
argentinos do Velez
Sarsfield por 2 x 0.
O
ano de 1994 também
marcou a despedida de
seu maior astro da época
de ouro, o atacante
Marco Van Basten. O
craque holandês lutou
o quanto pôde contra
as contusões e
inflamações no
joelho. Após inúmeras
tentativas de retorno
mal sucedidas,
resolveu abandonar o
futebol. Seu grau de
aceitação por parte
da torcida era tão
grande que um torcedor
chegou a oferecer a própria
cartilagem do joelho
para que ele pudesse
voltar a jogar. Após
abandonar o futebol,
deprimido por ter
parado no auge de sua
carreira, Van Basten
se desligou totalmente
do mundo do futebol e
foi morar numa pequena
cidade da Holanda, se
auto-exilando.
Uma
frase de Berlusconi,
no auge de sua equipe,
define bem o que foi a
máquina milanesa:
"Só não subimos
mais porque não dá".
Time
Base: Galli (Rossi),
Tassotti (Panucci),
Baresi, Costacurta e
Maldini; Rijkaard,
Desaily (Albertini),
Ancelotti (Stroppa) e
Donadoni (Boban);
Gullit (Papin) e Van
Basten.
Principais
craques: Van Basten,
Gullit, Baresi e
Rijkaard .
Títulos:
Campeão Italiano:
1988, 1992, 1993 e
1994; Copa dos Campeões
da Europa: 1989, 1990
e 1994; Supercopa
Européia: 1989 e
1994; Campeão Mundial
Interclubes: 1989 e
1990.