Jogador betinense, que defendeu o Ituiutaba no Mineiro e Copa do
Brasil, curte fase no
profissional
Peterson
curte ascenção no futebol
Após a
eliminação do Ituiutaba na
semifinal do Campeonato
Mineiro, o lateral direito
Peterson, que defende a equipe
do Triângulo, descansa em sua
casa no bairro Citrolândia,
em Betim. O jogador, de férias
desde o dia 23 de abril, conta
que ainda está em lua-de-mel
com a oportunidade no futebol
profissional, depois de
defender o vizinho Brumadinho
e times betinenses como
Renascença e Diretoria.
"Vou
continuar no Ituiutaba,
disputar a Série C do
Campeonato Brasileiro e quem
sabe ter a chance de jogar em
um clube grande", diz
Peterson, que destacou a
experiência de enfrentar
times como Cruzeiro e Atlético.
"Joguei
no meio de atletas muito
experientes, já consagrados.
Valeu para ver que estou
preparado para jogar qualquer
campeonato", disse.
Na
semifinal do estadual contra o
Cruzeiro, que venceu por 3 a
1, Peterson acredita que sua
expulsão, aos 25 minutos do
segundo tempo, contribuiu para
o resultado e a eliminação.
"
Primeiro recebi o amarelo
contra o Ramires, que tentou
me driblar e eu acabei fazendo
falta nele. No segundo tempo o
Cruzeiro empatou, tava todo
mundo nervoso, e em um lance
meu com o Marcelo Moreno o
bandeirinha deu lateral para
eles e sem pensar joguei a
bola no chão e fui expulso.
Foi o nervosismo, fiz sem
pensar. Se eu tivesse
continuado o resultado poderia
ter sido outro. Nosso time
estava pressionando
muito", conta o jovem de
22 anos, como se fizesse uma
‘travessura’.
Peterson
foi titular em seis jogos do
Mineiro e ainda jogou duas
partidas pela Copa do Brasil,
contra o Atlético Goianiense,
que eliminou o Ituiutaba e
depois o gaúcho Grêmio.De férias em Betim,
Peterson não descansa e duas
vezes por semana comanda os
treinos para a garotada no
Campo do Beira Rio, na Colônia,
na Escolinha do Fidel, onde
começou a jogar futebol.
"A
maioria dos meninos lá do
Citrolândia me conhecem. Eles
vêem que se dedicarem, podem
ter esta oportunidade também",
conta o jogador, que já é
pai de uma menina de quatro
meses, que mora com a mãe no
Citrolândia.
O
professor Fidel ainda é um
conselheiro do jogador. Ele
conta a decepção que tiveram
há alguns anos, quando
Peterson passou nos testes das
categorias de base do Atlético
e só não foi para o
alvinegro porque o Minas
Gerais, de Venda Nova, a quem
defendia no Campeonato Mineiro
Juvenil, não liberou o
atleta.
"Na
época ficamos de pés e mãos
amarradas. Não tínhamos o
que fazer, pois o Minas Gerais
queria cobrar R$ 7 mil para
liberar o Peterson",
relembra.
Para o
betinense Peterson, que
sonhava com a chance no
futebol profissional, foi uma
decepção.
"Para
mim foi muito difícil. Quase
desisti. Fiquei seis meses
parado e voltei ao amador.
Depois surgiu a oportunidade
de ir para o União Luiziense,
onde comecei minha trajetória
profissional. Tive ajuda de
muitas pessoas, como o
Maurinho Resende, para ir para
os treinos", disse.