Fonte
- Jornal
Folha de Contagem - Contagem
- MG - Edição nº 415 - 16
a 22/06/2006
Cruz
Azul: Uma história que vai
completar 27 anos
A
história da Sociedade
Esportiva Cruz Azul, do bairro
Novo Eldorado, teve início em
uma reunião na casa de
Joanizio Jardim de Oliveira,
no dia 8 de dezembro de 1979,
quando o grupo de amigos
decidiu pela criação de um
time de futebol, já
definindo, em comum acordo,
que o nome seria Sociedade
Esportiva Cruz Azul.
Quem faz o registro desta história,
é o diretor de futebol do
Clube, Marco Antônio Caetano
de Andrade, lembrando que uma
semana depois - 15 de dezembro
- foi eleita a primeira
diretoria, tendo na presidência
Sebastião Mateus, tendo como
vice-presidente Luiz Fernando
dos Santos, que juntamente com
os demais diretores se
reuniram, no dia 22, para
elaborar o Estatuto do Clube,
com a posse oficial
acontecendo no dia 15 de
janeiro do ano seguinte.
Trajetória
Na primeira metade dos anos
80, o Cruz Azul possuía
apenas a categoria de
amadores, com os quadros
"A" e "B",
e como é normal, no início
era um clube de pouca expressão
cenário esportivo de
Contagem, que começou a se
modificar na segunda metade da
década, mais precisamente em
janeiro de 1987, quando surgiu
a equipe de veteranos, que
colocaria definitivamente o
nome do Cruz Azul no rol dos
clubes mais tradicionais da
cidade.
Com a excelente equipe que foi
montada, o clube passou a
fazer frente às principais
equipes da cidade e no ano
seguinte chegou à decisão do
Torneio "Cleber
Sabino", promovido por um
candidato a vereador da época
e que reunia os principais
clubes de Contagem. O
crescimento da equipe
continuou em 1989, quando
disputou o "Campeonato
Classista", promovido
pela Liga de Contagem, usando
o nome de "Refrigeração
Apolo", chegando
novamente à decisão,
perdendo o título, depois de
sofrer um gol olímpico, quase
no final da partida.
Graças à equipe de
veteranos, o nome do Cruz Azul
estava definitivamente entre
os clubes mais tradicionais de
Contagem entrando na década
de 90 como uma das mais
conceituadas e respeitadas
entre os rivais, tendo
novamente chegado à decisão
do Campeonato Classista de
1991, voltando a ficar em
segundo lugar, diferentemente
das demais categorias, que não
obtinham sucesso, pelo fato de
não se conseguir montar boas
equipes.
Primeiro título
A história do Cruz azul começou
a mudar a partir da metade dos
anos 90, atingindo sua fase áurea
a partir do momento em que
começou a contar com o de
alguns comerciantes do bairro.
Com isto, passou a poder
montar boas equipes em todas
as categorias. Através da
participação da Refrigeração
Apolo (Gonzaga), Salão Lord
(Gilberto), Supermercados Bom
Jesus (Fernando), Lojas
Tropical (Edilton), Casa de
Carnes Jaine (Eudes e Jaine),
TCM Industrial e Skinaço
(Alemão), o Cruz Azul
conseguiu se destacar em todas
as categorias.
No campeonato de veteranos de
1997, o time foi eliminado na
fase semifinal, derrotado pelo
Santa Luzia, no campo do
adversário, com uma atuação
parcial e conivente do árbitro
e no ano seguinte novamente
perdeu a chance de disputar a
final do campeonato, sendo
derrotado na segunda partida,
em casa, pelo Granja Adélia,
depois de uma campanha invicta
até então.
Mas naquele mesmo ano, como
resultado do apoio que vinha
recebendo da comunidade, o
Cruz Azul montou uma forte
equipe na categoria de
Juniores que realizou uma
brilhante campanha chegando à
conquista do título, o
primeiro e único oficial
conquistado pelo Clube até
hoje. Altos e baixos
Em 1999 e 2000, foi a vez da
equipe de amadores conseguir
sucesso nas competições. Em
1999, a equipe chegou à decisão
do Campeonato da Divisão
Intermediária (hoje extinta)
e ascendeu à Primeira Divisão
da Liga de Contagem, façanha
repetida em 2000, ao figurar
como vice-campeã da Primeira
Divisão, galgando assim o
mais alto degrau do Futebol de
Contagem, a Divisão Especial.
Porém, a virada do século não
foi boa para o Clube, com exceção
da equipe de veteranos, que
chegou à final do campeonato
da categoria em 2002, com as
demais divisões decepcionando
diretoria e torcedores. O
quadro de juniores, por
exemplo, não fez boa campanha
em 2001 e com isto desistiu de
disputar os campeonatos de
2002 e 2003. A equipe amadora,
depois de duas péssimas
campanhas na Divisão Especial
(2001 e 2002), acabou sendo
rebaixada para a Primeira
Divisão em 2002, "devido
a um julgamento de cartas
marcadas no TJD da Liga",
afirma Marco Antônio.
Mas o ano de 2003 "talvez
tenha sido o pior na história
do Cruz Azul quando, novamente
a exceção foi o quadro de
veteranos, que com muita luta
de todos os seus integrantes,
conseguiu disputar o
campeonato da categoria. A
equipe de Juniores desistiu de
disputar o campeonato, na
semana do seu início, por
falta de recursos materiais e
financeiros, o mesmo ocorrendo
com a de amadores, que por não
participar do campeonato da
Primeira Divisão, foi
rebaixada para a Segunda Divisão.
Nas temporadas de 2004 e 2005,
o clube passou grandes
reformulações, dentre elas a
inauguração de seu complexo
esportivo e também não foi
bem dentro de campo, tendo
sido desclassificado de todas
as competições das quais
participou, mas para este ano
o clube se apresenta com novas
perspectivas.
"Com uma nova diretoria,
formada por pessoas capazes e
dispostas a trabalhar, tendo
à frente o novo presidente,
José de Alencar Caproni, o
Cruz Azul espera conseguir
voltar aos bons tempos e
disputar todas as competições
em nível de igualdade com
todos os adversários",
finaliza o diretor Marco Antônio
Caetano.