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O Maior Arquivo do Futebol Amador de Minas Gerais

 

Jogo no Inconfidência no campo da Barragem Santa Lúcia terminou em tiros

Não é a primeira vez que fatos lamentáveis como o ocorrido no campo da Barragem Santa Lúcia aconteceram. Situações de violência estão virando rotina no futebol amador, considerado uma forma de lazer acessível às camadas mais populares. Há um mês, o técnico do juvenil do Venda Nova, Edson Alvarenga, foi agredido pelos dirigentes e torcedores do Suzana, que disputavam o campeonato da categoria. O técnico Edson Alvarenga teve o braço esquerdo e o nariz quebrado, e o Suzana foi eliminado da competição.

Outro fato vergonhoso aconteceu com o próprio Santa Lúcia, que no dia 27 de abril perdia para o Inconfidência por 3 a 2, em partida válida pela Divisão Especial. O jogo estava sendo disputado no campo do adversário e o Santa Lúcia foi surpreendido com três tiros disparados contra os atletas. Sem segurança, o árbitro foi obrigado a encerrar. Depois, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) confirmou o placar do jogo.

Indignado com o TJD, o presidente do Santa Lúcia, o Robertão, enviou uma carta ao presidente da FMF, Paulo Schettino, cobrando providências, já que não teve os R$ 250,00 para recorrer da decisão do Tribunal.

Na carta, o dirigente diz que o entendimento do Tribunal contribui cada vez mais para incitar a grande violência que já ocorre nos campos de futebol amador espalhados por Belo Horizonte. O Tribunal, como órgão judicante, deveria repudiar e punir toda a conduta anti-desportiva cometida por toda equipe e/ou seus torcedores. Porém, no caso em tela, houve disparos de arma de fogo contra nossos atletas que, graças à ajuda divina, não acabaram tendo suas vidas tiradas por pessoas que não podem figurar no futebol ou nas arquibancadas do futebol mineiro.

Estamos perplexos, indignados e inertes, não podemos tomar qualquer espécie de atitude para reverter a decisão do Tribunal, pois nos foi cobrada uma taxa de R$ 250,00 para recorrer desta injusta e esdrúxula decisão do Tribunal de Justiça Desportiva. Diante da precariedade financeira do futebol amador, é impossível que pudéssemos despender de tal importância , reclamou o dirigente.