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Pedro Henrique é destaque no Campeonato da AEFEMG

Aos 13 anos, arrimo de família, Pedro Henrique é destaque nas escolinhas, ao terminar o Campeonato Mineiro da AEFEMG como artilheiro, com 15 gols. Seu sucesso vai além das competições, já que concluiu também, com méritos, a 6ª série da Escola Alternativa, na Toca da Raposa (Cruzeiro Esporte clube).

Sua participação na Escola do Índio serve como exemplo para os outros alunos. Pedro Henrique é aplicado nos treinos, orientados pelo técnico Dadinho. Como o técnico tem oito anos de experiência na função, o garoto vê nele um grande incentivador.

Para Carlos Roberto, o Índio, o fato de Pedro Henrique ser artilheiro de sua escolinha, no meio de grandes clubes que participam do Campeonato Mineiro da AEFEMG, mostra que o surgimento de um bom atleta não depende do clube onde ele está. Ele explica que "ainda que a nossa equipe lute com dificuldades, tendo que atuar em campos de terra e com a diferença de não poder contar com todos alunos do mesmo nível técnico, isto é compensado com o trabalho sério e com muito carinho", observa.

Segundo Índio, "este é um jogador de ótimo nível técnico e precisa ser olhado com carinho e atenção. Mesmo de baixa estatura, ele tem arranque, habilidade, usa os dois pés, impulsão e cabeceio, o que supera o problema da altura, ainda que ele tenha apenas 13 anos e pode crescer muito mais". Pedro Henrique foi dispensado do Cruzeiro exatamente por não ser alto, segundo o garoto. Mas Índio, por sua experiência de ex-atleta profissional e de ter trabalhado três anos no próprio Cruzeiro e o mesmo tempo mo Atlético, nas categorias de base, aposto no talento do atacante.

Artilheiro supera o preconceito da altura

Pedro Henrique mantém sua expectativa de começar uma brilhante carreira e não vê problema algum em altura: "Dentro de uma competição, a gente corre atrás. E os amigos também ajudam". Sua determinação em busca do gol, ele explica da seguinte forma: "Levo a bola para cima e, dentro da área, não tem perdão".

Diante de zagueiros altos e porte físico avantajado, ele tenta levar vantagem na movimentação: "Tiro vantagem, me movimentando e, nas bolas altas, pulo com muita vontade e cabeceio para baixo, e também faço a deslocação".

Pedro Henrique começou a jogar bola com oito anos. Segundo ele "não existe diferença de treinamento na atual escolinha (Escola do Índio) para a anterior (equipe mirim do Cruzeiro). O importante é que estou correndo atrás", disse.

Nos três anos de Cruzeiro, seus treinadores foram Toninho Chapecó, Silvano, Baggio e Expedito.

Seu atual treinador, Dadinho, diz que vem trabalhando o maior desempenho do garoto dentro da equipe, "para que ele ganhe força física e mais arranque". Ele também deve saber usar as duas pernas e trabalhar com a coordenação motora".

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