É
possível que Éder
Aleixo de Assis tenha
sido o menos dotado da
última geração de bons
pontas-esquerdas do
Brasil, nos anos 70. Não
era tão habilidoso quanto o
cruzeirense Joãozinho,
o são-paulino Zé
Sérgio, o santista João
Paulo e o rubro-negro
Júlio César. Mas,
sem dúvida, foi o
mais bem sucedido.
Com
seu canhăo no pé
esquerdo, Éder não fazia diferença entre
goleiros. Vitimava a
todos com seus
petardos. Revelado no
América-MG, teve boa
passagem no Grêmio,
mas foi no Atlético
que viveu seu apogeu.
Desde
o primeiro jogo foi
destaque: num amistoso
contra o Săo
Paulo, no Mineirão,
foi dele, de falta, o
gol do Atlético no
empate por 1 a 1. Num
ataque que tinha também
Pedrinho Gaúcho,
Reinaldo e Palhinha,
foi ele, Éder, o
artilheiro do time na
temporada. Em 81,
barrou Zé Sérgio na Seleção.
Titular
na Copa da Espanha,
valorizou-se com dois
belos gols. Com a saída
de Cerezo, passou a
ser o grande nome do
time do Atlético.
Como muitos outros ídolos
de temperamento difícil,
vivia sendo expulso,
metia-se em confusões,
vivia uma relação de amor e ódio com a
torcida.
Em
85, teve o passe
emprestado ŕ
Internacional de
Limeira e, em 86,
negociado ao
Palmeiras. Daí em
diante, não esquentaria lugar,
passaria por vários
times, até mesmo pelo
Cruzeiro. E também,
duas vezes, pelo Atlético,
em 89 e 94. O chute
forte continuou o
mesmo.