Atleta mais jovem da Copa Itatiaia
quer ser profissional e se espelha
em laterais 'mineiros'
Na letra de uma de suas músicas mais
famosas, a banda mineira Skank
pergunta “quem não sonhou em ser um
jogador de futebol?”. Questão
pertinente num país em que o esporte
faz parte da infância da maioria –
seja na escolinha de futebol ou
chutando latinha vazia na rua – e
pode ser um meio de subir degraus
sociais.
O questionamento do Skank vem com
resposta embutida, que ilustra a
expectativa de
Yuri Bruno Aguiar Rocha, de 17 anos.
Ele está entre os nove de cada dez
garotos que um dia pensaram em
ganhar o mundo tendo a chuteira como
instrumento de trabalho.
“Penso, sim, é o sonho de muitos”,
diz.
Yuri
é o caçulinha da Copa Itatiaia. Em
meio a vintões, trintões e até
quarentões, busca seu espaço como
lateral-esquerdo do
Verona (Bairro Aparecida),
classificado antecipadamente para as
quartas de final pelo
Grupo A, da Chave Belo Horizonte.
Atualmente, é reserva, mas, pondera,
é apenas sua estreia no maior
torneio de Futebol Amador do Brasil.
“Estou esperando a primeira
oportunidade para mostrar meu
talento.”
O convite para disputar a competição
veio após o bom desempenho nas
categorias de base do clube.
“Eu era do júnior do Verona. Eles
gostaram de mim e me chamaram para
disputar a Copa Itatiaia com eles”,
conta o garoto, que mora no
bairro-sede do clube, na Região
Noroeste de BH.
O gosto pelo esporte vem de família.
“Influência do meu pai, que sempre
jogou futebol e sempre me apoiou a
jogar”,
diz.
As referências em campo vêm de dois
jogadores que, em 2017,
destacaram-se em Atlético e
Cruzeiro: Diogo Barbosa, “que fez um
bom trabalho no Cruzeiro”, e Fábio
Santos.