Zagueiro
Marcelo é um dos ícones do
Futebol Amador de Poços de
Caldas
Há
25 anos jogando no Futebol
Amador, Marcelo Donizete
Candido chegou a 32 finais e
conquistou 22 títulos
Não
é para qualquer um. Após 25
anos jogando no Futebol Amador
de Poços de Caldas, Marcelo
Donizete Candido,
ou simplesmente Marcelo, como
é conhecido o zagueiro, já
chegou a 32 finais e
conquistou 22 títulos. O último
deles há poucas semanas,
quando conquistou a Taça Poços
de Caldas, inclusive marcando
um dos gols da disputa de pênaltis.
Marcelo
é da mesma geração de
atletas como Paulista e
Gustavinho, que fizeram história
na Caldense, porém, apesar da
qualidade, por coisas do
destino, o jogador não se
profissionalizou e acabou
fazendo carreira no Amador. Já
jogou pelo Cruzeiro, Pamafer,
Ponte Preta, UniãoTroiani,
Sport Aphas e Guarani, por
onde foi campeão há poucos
dias.
“Eu
sempre fui muito feliz no
campeonato Amador de Poços.
Com 16 anos fui convidado a
jogar meu primeiro amador pela
Pamafer e de lá até hoje
foram muitos momentos felizes.
Foram vários momentos
importantes, se somar todos os
campeonatos de Poços que são
filiados pela Liga Poços-caldense
de Futebol , eu cheguei em 32
finais e conquistei 22 títulos,
entre Interbairros, Amador,
Copa dos Campeões e agora no
Máster. Graças a Deus sempre
fui muito feliz”,
diz Marcelo, que não lamenta
não ter se tornado
profissional.
“Com
15 anos tive a chance de me
tornar profissional, não deu
certo porque comecei a
trabalhar cedo, com essa
idade. Mas eu poderia ter sido
profissional sim. Na época
eramos todos da mesma idade,
eu, Paulista, Gustavinho,
Vini, Flavinho, Figueroa,
todos se profissionalizaram
menos eu, mas eu acho que é
por aí, sou feliz pela história
que tenho no amador”,
afirma o atleta, hoje com 41
anos, morador da Fazenda
Chiqueirão, local onde
trabalha.
No
ano de 1998, quando o atleta
foi campeão amador pelo
Guarani
Hoje
com 41 anos, Marcelo continua
jogando em alto nível
“Me
escolheram como zagueiro, pois
sempre tive bastante força.
Mas sempre fiz bastante gols.
Nesse ano, com 41 anos, fiz
dois gols. É pouco, mas para
um zagueiro da minha idade está
ótimo. Em 25 anos de amador só
tive uma expulsão, por ter
entrado em uma confusão para
separar e ainda acabei
expulso. Fico muito feliz com
o reconhecimento, qualquer
lugar que vou na cidade as
pessoas me reconhecem, me
tratam bem”,
salienta Marcelo, que acha que
em 2007 conquistou um dos títulos
mais importantes de sua
carreira.
“Em
2007 fizemos um time com o
pessoal da fazenda. Resolvemos
entrar no Amador. Quando
chegamos à final já não
acreditamos, pois para nós
era muito difícil. Pegamos
uma equipe muito forte, que
era a Mitsuí, que recebia um
grande apoio da empresa e, graças
a Deus, conseguimos ser campeões,
Foi algo inesquecível”,
se emociona o zagueiro que,
infelizmente, vê o interesse
no Futebol Amador diminuir a
cada ano.
“O
Amador mudou muito. Há um
tempo atrás era muito sério,
o atleta vinha para o campo
mesmo, gostava. Hoje em dia
está difícil demais.
Inclusive nossa equipe mesmo,
teve jogo de entrar com oito
atletas em campo, antigamente
não acontecia isso, você
contava com no mínimo 16
atletas. O pessoal era mais
focado, gostava mais mesmo.
Hoje em dia isso não
acontece, mas acho que não é
culpa da Liga. Muita gente
critica o presidente da Liga,
eu não critico não, porque
eu acho que é um trabalho
muito difícil para uma pessoa
só. Falta mais o interesse de
empresas, alguém para
patrocinar, porque tem muito
time que para por falta de
ajuda de custo, porque sai
caro”,
explica Marcelo.