Associação
abre vantagem sobre o Limoeiro
na decisão do Regional da
Liga de Caratinga
A
cidade de Bom Jesus do Galho
parou, para acompanhar a
primeira partida da decisão
do Campeonato Regional da Liga
Caratinguense de Desportos.
Toda a expectativa criada
durante a semana se confirmou
logo nas primeiras horas da
manhã de domingo. O estádio
Mário Tristão mais uma vez
recebeu um enorme público
para o encontro de Associação
de Bom Jesus e Limoeiro.
Apesar da chuva insistente ao
longo de toda a semana, e
algumas poças pelo gramado, o
palco da partida se encontrava
em boas condições de jogo
para receber as duas equipes
de melhor campanha do certame.
O
jogo
Associação
de Bom Jesus do Galho, campeã
em 2010, e Limoeiro, campeão
regional da Zona da Mata
Norte, na opinião de boa
parte da mídia, eram os
favoritos para decidirem o título.
Com ótimas campanhas, ambos
confirmaram a expectativa.
Com
a bola rolando, o prenúncio
de jogo equilibrado se
confirmou. Apoiada por sua
apaixonada e numerosa torcida,
o Lobo de Bom Jesus buscava o
ataque e tentava sair na
frente. Do lado do Limão
Doido, mesmo tendo sua torcida
em menor número, a equipe
também saia para o jogo e não
se intimidou com a pressão do
Tricolor. Com o passar do
tempo, o Limoeiro começou a
dominar o meio campo e criar
melhores oportunidades de gol.
Porém, com o goleiro Ricardo
Baiano mais uma vez em dia
inspirado, e os atacantes sem
pontaria, o time do técnico
Beto não conseguiu traduzir o
maior volume de jogo e posse
de bola, em gols. Por outro
lado, o técnico Fabrício, da
ASBJ parecendo não estar
satisfeito com a postura de
sua equipe, mandou o craque e
ídolo da torcida, Luiz
Augusto, para o aquecimento
ainda no primeiro tempo.
No
segundo tempo, o Lobo de Bom
Jesus voltou com Luiz Augusto
no lugar de Nandão, que pouco
rendeu na etapa inicial. Junto
com o camisa 22, entrou também
em campo a velha máxima do
futebol que diz, “quem não
faz, toma”. Logo em seu
primeiro lance, depois de uma
linda jogada de Juninho, e uma
bola cruzada na área, a
defesa do Limoeiro não
conseguiu cortar, Luiz Augusto
cabeceou com precisão longe
do alcance do goleiro Henrique
e fez explodir a galera da
Associação que lotava o estádio
Mário Tristão.
Mesmo
depois de sofrer o gol, o Limão
não se abateu e buscava o gol
de empate. Jogando para se
aproveitar dos espaços
deixados pela defesa adversária,
Valtinho roubou a bola, fez
belo lançamento para Juninho
que novamente carregou para
cima da defesa. No
bate-rebate, a bola sobrou
para Neguinho que bateu
rasteiro. O arqueiro Henrique
ainda tocou na bola que foi
morrer lentamente no fundo do
gol verde. Ao final, o
Limoeiro saiu com o gosto
amargo da primeira derrota na
competição, depois de ter
sido melhor na etapa inicial.
Do lado da Associação, o
time saiu de campo com a sensação
do dever cumprido e a certeza
de ter dado um grande passo
rumo ao título.
No
próximo domingo, os dois
times têm o último e
decisivo encontro para ver
quem fica com o caneco de
campeão 2011. Com a vitória,
o Lobo joga pelo empate. Já o
Limão Doido, precisa vencer
por dois gols de diferença
para levar a decisão para os
pênaltis, ou diferença de três
ou mais gols para ser campeão.
Uma
falha coletiva na observância
do regulamento em seu artigo
15, parágrafo 1º, fez com
que toda a fase de mata- mata
fosse jogada sem levar em
conta o saldo de gols. O
dispositivo reza o seguinte:
Caso ao final desta fase, os
clubes se encontrem empatados
em número de pontos
conquistados e no saldo de
gols, a decisão será
realizada através das cobranças
desde a marca do pênalti.
Conforme dispõe a Circular nº
170 reformulada pela
circular710, ambas da FIFA
para conhecer os clubes
classificados para a final.
Sendo
assim, resta saber se a Liga
Caratinguense de Desportos
seguirá o que está previsto
no regulamento, ou o que vem
sendo adotado na competição
há vários anos.
Arbitragem:
o
trio formado por Adão Carlos
“Nego Dão” como central,
auxiliado por Fernando Paula
Matos e Douglas Souza, teve
muito trabalho para conter os
ânimos logo no começo. Com o
campo molhado, algumas jogadas
consideradas normais em outras
circunstâncias, se tornaram
imprudentes e perigosas.
Assim, o árbitro teve que se
utilizar muito dos cartões e
pulso firme para não perder o
controle da partida na parte
disciplinar. Tecnicamente,
ninguém pode reclamar.