Fonte
- Jornal Diário da Tarde - BH
- MG - Quarta-Feira
- 06/12/2006
Futebol
feminino no ataque ao machismo
O
futebol há muito tempo deixou
de ser um esporte
exclusivamente masculino. As
mulheres ganham mais
visibilidade a cada
campeonato, a cada gol e a
cada jogadora que se destaca
no meio. Entretanto, na opinião
da maioria das desportistas,
ainda é muito pouco. E o que
é pior, o preconceito insiste
em imperar em algumas situações.
Na
9ª Copa Centenário Wadson
Lima, encerrada recentemente,
várias atletas chamaram a
atenção, seja pela técnica
ou mesmo pela raça, determinação
e seriedade frente ao esporte
mais popular do planeta.
Algumas fizeram questão de
dar um puxão de orelha
naqueles em que menosprezam o
futebol feminino.
”O machismo ainda existe,
sim. Não é raro ouvirmos
piadinhas do tipo lugar de
mulher é na cozinha. Mas
estamos provando que lugar de
mulher também é no campo de
futebol”, disse Rosemeire
Gomes, 25 anos, goleira do
Nacional.
A volante Luciana Horta, do
Garra, pensa da mesma forma.
“A discriminação está aí,
mas a pior delas é a falta de
patrocínio. É como se o
verdadeiro futebol só fosse o
masculino”, declarou.
Luciana faz questão de
apontar as exceções.
“Felizmente, no Garra é
diferente. Temos uma boa
estrutura que nos permite
trabalhar”.