Mexicano
defendeu o gol de seu país em
cinco mundiais. Levou muito
gol, mas bateu o recorde
Carbajal
não é apenas o homem que
disputou cinco Copas do Mundo.
Poucos goleiros podem se
orgulhar de ter levado gol de
tantos craques. Ademir
Menezes, Pelé, Masopust,
Liedholm, Kopa... o arqueiro
mexicano viu todas essas feras
desfilarem na sua grande área
e estufar suas redes. O
retrospecto foi fraco: 11
jogos, oito vitórias, dois
empates, uma derrota, 25 gols
no cangote. Mas o recorde
estava quebrado: cinco
mundiais, de 1950 a 1966 (marca
igualada em 1998 pelo alemão
Lothar Matthaus).
Em
1948, atuando nos juvenis do
España, Carbajal já era uma
revelação do futebol
mexicano. Foi convocado para a
seleção amadora que disputou
os Jogos Olímpicos de Londres
naquele ano. A participação
mexicana não foi nem um pouco
brilhante – perdeu por 5 x 3
em sua única partida para a
modesta Coréia. Mas Carbajal
foi contratado pelo León.
Jogando
lá, Carbajal chegou à Seleção
pela primeira vez, justamente
no ano em que a Copa do Mundo
voltaria a ser disputada:
1950. Na estréia, o México
pegou os donos da casa: o
Brasil. Dois gols de Ademir,
um de Jair, um de Baltazar. O
goleiro voltaria a enfrentar a
Seleção Brasileira 12 anos
mais tarde, no Chile. Era
outra geração. Zagallo e Pelé
fizeram os gols da partida.
No
futebol mexicano, Carbajal não
conseguiu muitos títulos. Foi
campeão mexicano duas vezes
pelo León. Como treinador,
levou o mesmo León a ganhar
duas vezes a Copa do México,
em 1970 e 1971.
Carbajal
disputou seu primeiro mundial
aos 21 anos e o último aos
37, quase como um favor. O México
já estava praticamente
eliminado e Carbajal, já então
na reserva, foi escalado para
o último jogo da primeira
fase, contra o Uruguai. Pela
primeira vez em mundiais, não
levou gol. O jogo terminou 0 x
0. Foi sua despedida do
futebol.
Ficha
completa
Nome:
Antonio
Carbajal
Nascimento: Guanajuato,
México, 7/6/1929
Posição: Goleiro
Clube em que jogou: León
(1948 a 1966)
Títulos: Campeão
mexicano (1952 e 1956) e da
Copa do México (1958) pelo León
Almanaque
Maior do continente
Carbajal recebeu uma
recompensa à altura de tudo o
que fez no futebol. Em 1998,
numa eleição promovida entre
jornalistas das Américas
Central e do Norte, ele foi
eleito o melhor goleiro do
continente no século XX. Em
segundo lugar ficou o
costarriquenho Conejo, que
brilhou na Copa da Itália em
1990. Em terceiro, outro
mexicano, o espalhafatoso
Jorge Campos.