Ferenc
Puskas - Atacante - Budapeste
(Hungria) - 02.04.1927
Foi
o maior jogador da história
da Hungria e um dos maiores do
mundo. Assim como Pelé, também
ultrapassou a marca dos 1.000
gols. Jogava com muita classe
e possuía um potente chute
com o pé esquerdo.
Era
chamado de "Pancho
Puskas", "O Pé
Esquerdo Mágico" e
"Canhãozinho Pum",
devido ao seu forte chute.
Raramente usava o pé direito
para tocar na bola.
Como
era extremamente habilidoso
com o esquerdo, o fato de usar
pouco o direito para jogar não
atrapalhava seu ótimo
futebol. Começou no Kispet,
da Hungria, com apenas 10 anos
- com essa idade seu nome já
estava registrado na Federação
como jogador do clube. Estreou
na Primeira Divisão aos 16.
Seu
futebol chamou a atenção do
vice-ministro de Esportes do
País. A Hungria vivia um
regime fortemente militar e o
time do Kispet tornou-se a
equipe do Exército Vermelho,
com o nome de Honved. Com 19
anos, Puskas foi chamado a
servir o exército pelo
vice-ministro, apenas para ser
um dos craques do Honved.
Tornou-se mundialmente
conhecido jogando em um time
que praticava o futebol por
prazer.
De
50 a 56, o Honved formou um
dos times mais fortes da história
do futebol, contando com um
memorável ataque de Budai II,
Kocsis, Szusza, Puskas e
Czibor. Com esse time, foi
quatro vezes campeão húngaro
e quatro vezes artilheiro do
Campeonato Nacional.
Descontente com a situação
de seu País, Puskas pediu
asilo político na Espanha em
57, logo após voltar de uma
excursão ao Brasil com o
Honved.
Abandonou
a equipe e foi para o Real
Madrid, já naquela época um
dos times mais fortes do
mundo. A FIFA o puniu por ter
abandonado o Honved e Puskas
ficou afastado dos gramados
por dois anos. Voltou em 59 e
foi cinco vezes campeão
espanhol, uma vez da Copa da
Espanha, três vezes da Copa
dos Campeões e uma do Mundial
Interclubes. Participou de uma
das equipes mais memoráveis
da história do Real, junto
com Di Stéfano, Kopa, Gento e
o brasileiro Canário. De seu
inúmeros gols, um ficou para
a história.
Em
61 o Real Madrid enfrentava o
rival Atlético quando o árbitro
marca uma falta para o time de
Puskas. Ele se posiciona para
bater, perto da área, e o faz
com precisão, marcando um
golaço. O árbitro anula e
diz que ainda não havia
autorizado a cobrança. Puskas
bateu do mesmo jeito, de
esquerda, o goleiro pulou do
mesmo jeito e a bola entrou da
mesma maneira. Um gol-bis de
Puskas, assim como Zizinho
havia feito em 50. Ferenc
Puskas deixou o Real Madrid e
o futebol em 66, com 39 gols.
Computou 372 jogos e 324 gols
pelo clube espanhol.
Foi
capitão da Seleção Húngara
por muito tempo, quando a
equipe dominava o futebol
mundial (década de 50). Em 84
partidas pela Seleção,
marcou 85 gols. Conquistou as
Olimpíadas de 52 e foi
vice-campeão mundial na Copa
de 54, em uma das maiores
injustiças da história do
futebol. Naturalizou-se
espanhol e defendeu a Seleção
da Espanha em quatro partidas.
Marcou
1.176 gols em 1.300 jogos,
constituindo uma marca histórica.
Foi quatro vezes artilheiro do
Campeonato Espanhol e eleito o
melhor jogador do mundo em
1953. Disputou as Copas de 54
(vice-campeão e melhor
jogador do Mundial) e 62 (pela
Espanha).
Envolveu-se
em algumas brigas, como a
"Batalha de Berna",
em que o acusam de ter jogado
uma garrafa no brasileiro
Pinheiro. Depois de abandonar
a carreira de jogador,
tornou-se técnico, chegando
ao vice-campeonato da Copa dos
Campeões e do Mundial
Interclubes, pelo
Panathinaikos, da Grécia.
Ainda foi técnico de equipes
nos EUA, Canadá, Arábia
Saudita, Chile, Paraguai e
Austrália. É o húngaro mais
conhecido do mundo e recebeu a
"Ordem de Honra", máxima
condecoração olímpica, por
seus feitos em jogos olímpicos.
Foi
um dos três únicos jogadores
a marcar um gol em uma final
olímpica e em uma final de
Copa do Mundo (os outros foram
o uruguaio Pedro Cea e o também
húngaro Zóltan Czibor).
Ganhou também a "Ordem
ao Mérito", prêmio
concedido pela FIFA. Foi um
dos 10 ex-jogadores a entrar
para o Hall da Fama da FIFA,
por terem contribuído pelo
crescimento do esporte e pela
imagem positiva do futebol.
Recebeu o prêmio de
"Artilheiro do Século",
do governo húngaro.
"O maior jogador de
futebol do mundo foi Di Stéfano.
Eu me recuso a classificar Pelé
como jogador. Ele está acima
de tudo."
(Ferenc Puskas, craque da
Hungria e do Real Madrid na década
de 50)
"Se eles querem me dar o
prêmio, deixem eles. Eu
joguei futebol para marcar
gols, não para ganhar prêmios."
(Ferenc Puskas, ao receber o
prêmio de "Artilheiro do
Século")
"Eu acho que eu estava
sempre perto do gol."
(Ferenc Puskas, explicando sua
fenomenal marca de gols
marcados)
"Nós jogamos
alegremente, eles jogaram pra
ser campeões."
(Ferenc Puskas, atacante húngaro
em 54, quando sua seleção,
favorita, perdeu para os alemães)