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FRANCO BARESI

Franceschino Baresi - Líbero - Travagliato (Itália) - 08.05.1960

Quando Michael Jordan, o maior astro do basquete em todos os tempos, anunciou que deixaria as quadras, o Chicago Bulls logo avisou que sua camisa seria imortalizada: ninguém mais usaria a camisa número 23 do time de Chicago.

Dessa forma, năo seria nenhum exagero se o mesmo fosse feito com a camisa número 6 ao lado. Ela foi vestida por Franceschino Baresi, ou Franco Baresi, ou simplesmente Baresi, um dos mais categóricos e implacáveis defensores da história do futebol mundial. Que o diga o baixinho Romário, que sofreu dura marcaçăo deste italiano na final da Copa do Mundo de 94.

Para se entender a grandeza do futebol de Baresi, há de ser dito que ele foi eleito o melhor jogador da história do Milan, quando o clube completou 100 anos. Isso significa que o zagueiro bateu verdadeiros mitos do futebol mundial como Schiaffino, Liedholm, Altafini, Amarildo, Trapattoni, Capello, Rijkaard, Tassotti, Van Basten, Gullit, Papin e R. Baggio, só para citar alguns. O Milan, aliás, foi o único clube de Baresi, de 1978 a 1997.

Lá foi Campeăo Italiano por por 6 vezes, 3 vezes campeăo da Copa dos Campeőes, 2 vezes campeăo da SuperCopa Européia e 2 vezes campeăo do Mundial Interclubes. Foi ainda, jogando pela seleçăo italiana, campeăo do mundo em 1982 e vice em 1994. Um curriculum respeitável.

Em 23 de abril de 1978, Baresi, entăo com 17 anos, debutava para o futebol na vitória do Milan por 2 a 1 sobre o Verona. Depois de pouco tempo, já era um símbolo do time rubro-negro. E assim seguiu mesmo depois do rebaixamento ŕ segunda divisăo: Baresi continuou o capităo da equipe. Por esse motivo, os torcedores milaneses criaram forte empatia com o jogador, que cada vez mais tornava-se sinônimo de Milan e de liderança. A funçăo de líder, aliás, foi por ele exercida por 15 anos, desde os seus 22. Foram 716 partidas pelo Milan. Na Azzura, jogou 81 vezes, marcando apenas um gol.

Na final da Copa de 94, perdeu um dos pęnaltis da Itália, o primeiro, mandando a bola por cima do gol de Taffarel. 70 mil pessoas estiveram presentes ao Estádio San Siro, em Milăo, na Itália para dar o último adeus ao maior jogador da história do clube. No jogo de despedida, Baresi marcou um gol e chorou muito no final.

No intervalo da partida, o presidente do Milan, Silvio Berlusconi, um dos homens mais poderosos da Itália, concedeu a Baresi uma bola de ouro, para agradecę-lo pela grande carreira no clube mais tradicional da Itália. "Vocę viverá para sempre", disse-lhe Berlusconi. Sem dúvidas.

"Foi a marcaçăo mais implacável que recebi em toda a minha carreira"
(Romário, sobre a marcaçăo de Franco Baresi sobre ele na final da Copa do Mundo de 1994)

"Sinto-me como o capităo da equipe na Copa Davis, sentado ao lado do gramado"
(Franco Baresi, líbero e capităo italiano, afastado por contusăo)

"Năo confie nele. Basta lembrar que o apelido dele é 'Cavalo Louco'"
(Franco Baresi, respondendo ao meia Berti que o chamou de "chato")

"Sem Baresi, o futebol fica menos perfeito, menos apolíneo"
(Matinas Suzuki, jornalista esportivo brasileiro)

"Franco Baresi jogava tanta bola que bastava assistir a uma partida do Milan para se entender o que era um líbero."
(Edson Rossi, jornalista da Placar)

"Como líbero, năo tenho direito de errar"
(Franco Baresi, sobre a importante posiçăo em que atuava no Milan)

"Pelo menos o time de vôlei năo tem Romário e Bebeto"
(Franco Baresi, comentando uma partida de vôlei entre Itália e Brasil)

"O infortúnio do grande Baresi no segundo gol do Vélez, uma bola atrasada horrorosamente, resume a decadęncia do Milan. Peço desculpas pela obviedade - năo existe a eternidade do sucesso, porém. A desgraça de Baresi diante do Vélez representa o melhor emblema do fim do grande Milan."
(Silvio Lancelotti, jornalista esportivo brasileiro)

"A Itália, năo se pode deixá-la respirar. Principalmente se no no centro de sua defesa está Baresi."
(Johann Cruijff, maior jogador holandęs de todos os tempos, comentando partidas da Azzura)