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Pedro Rocha - O maestro tricolor

O uruguaio Pedro Rocha foi o grande ídolo do Peñarol dos anos 60 e do São Paulo dos 70

Pedro Rocha é daqueles craques que começaram muito cedo a carreira. Saído da pequena cidade de Salto, perto da fronteira com o Brasil, aos 17 anos já era titular do Peñarol, time pelo qual brilhou durante doze anos. Jogador de boa estatura, excelente condição física, chute fortíssimo de pé direito (sua canhota não era nada desprezível), ele começou a carreira como centroavante. Mas logo sua visão de jogo privilegiada e lançamentos precisos o levaram ao meio de campo. Com a camisa dez, Rocha se tornou um dos maiores jogadores da história do futebol uruguaio.

Um dos artilheiros e destaque do Peñarol em sua fase mais brilhante, os anos 60, Rocha ajudou seu time a conquistar o título do Mundial Interclubes. Foi em 1966, na decisão contra o Real Madrid. Ele fez o primeiro gol dos uruguaios na vitória por 2 x 0 no Santiago Bernabeu, em Madri.

Pedro Rocha foi convocado para a Seleção da Fifa em 1968 e apontado como um dos cinco maiores jogadores do mundo. Foi titular da seleção uruguaia nas Copas de 62, 66, 70 e 74. Na Copa do México, no entanto, machucou o joelho no jogo de estréia e apenas assistiu a seus companheiros chegarem em quarto lugar.

Começava ali sua fase brasileira. Vivendo uma grave crise financeira, o Uruguai se tornou um mercado atraente para os clubes estrangeiros. O uruguaio foi jogar no São Paulo e logo se tornou um grande ídolo, vestindo a camisa 10 tricolor. Além das virtudes que todos já conheciam, Rocha ainda mostrou um inesperado talento para fazer gols de cabeça. Suas cobranças de falta eram venenosas. Reinou no Morumbi durante seis anos, e, aos 34, começou uma perambulação pelo mundo. Pedro Rocha encerrou sua brilhante carreira aos 38 anos.

Ficha completa

Nome: Pedro Virgilio Rocha Franchetti
Nascimento: Salto, Uruguai, 3/12/1942
Posição: Meia
Clubes em que jogou: Peñarol (1959 a 1970), São Paulo (1971 a 1977), Coritiba (1978), Palmeiras (1979), Bangu (1979), Monterrey-MEX (1980), Al-Nasser (1980)
Títulos: Campeão uruguaio (1960/61/62, 1964/65, 1967/68), da Taça Libertadores da América (1966) e do Mundial Interclubes (1966) pelo Peñarol; brasileiro (1977) e paulista (1971 e 1975) pelo São Paulo; paranaense (1978) pelo Coritiba; sul-americano (1967) pelo Uruguai

Almanaque
Amor pelo Brasil
Pedro Rocha chegou ao Brasil aos 28 anos, mas não demorou a se adaptar ao país. Um ano após sua chegada, já colocava a feijoada como o seu prato favorito e assumia um ídolo musical de quem é fã incondicional até hoje: "O Brasil tem dois reis insuperáveis: Pelé e Roberto Carlos". Quando se aposentou, nem pensou em voltar ao Uruguai.

Jogos pela seleção: 75
Gols: 16