Djalma
dos Santos - Lateral Direito -
São Paulo (SP) - 27.02.1929
Considerado
um dois melhores laterais pela
direita do mundo de todos os
tempos, juntamente com Carlos
Alberto. Era incrivelmente técnico
e possuía excelente preparo físico
para sua época. Jogou vinte e
três anos de futebol
profissional. Começou na
Portuguesa de Desportos, onde
ficou por dez anos. Jogou
outra década inteira no
Palmeiras e encerrou a
carreira no Atlético
Paranaense, onde permaneceu
por três anos e meio. Campeão
paulista em 1959/63 e 66 pelo
Palmeiras e paranaense em 1970
pelo Atlético.
Foi
ídolo em todos os clubes por
qual jogou, inclusive no Atlético,
quando já estava com mais de
40 anos. Leal, forte
fisicamente e grande marcador,
ainda encontrava fôlego para
criar jogadas no ataque. Era
uma "muralha", como
bem disse Eduardo Galeano. Era
dono de técnica primorosa e
de um físico de aço. Foi o
primeiro jogador a utilizar o
lateral como uma jogada de
ataque, ao lançar a bola com
força dentro da área.
Apesar
do físico avantajado, não
era violento e nunca foi
expulso em toda a longa
carreira. Disputou as Copas de
1954 (melhor lateral-direito),
58 (campeão), 62 (bicampeão
e melhor lateral-direito) e
66. Foi também campeão
pan-americano em 52 pela Seleção,
da Taça Brasil em 60 e 67
pelo Palmeiras e do Rio-São
Paulo em 52 e 55 pela
Portuguesa e em 65 pelo
Palmeiras. Sempre foi um
defensor dos direitos dos
jogadores e lutou pela
organização do futebol e a
profissionalização dos
dirigentes. Gostava de jogadas
de efeito, como toques de
calcanhar, bicicletas e
dribles perigosos dentro da área.
É o recordista de partidas
oficiais pela Seleção: 100.
Foram mais de 14 atuando pela
Seleção Brasileira. No
total, possui 112 partidas (3
gols).
"Djalma Santos põe, no
seu arremesso lateral, toda a
paixão de um Cristo
negro."
(Nélson Rodrigues, escritor e
jornalista)
"Eu de vez em quando
fazia uma jogada de efeito
para ilustrar a partida, mas
isso vinha naturalmente, não
era um menosprezo."
(Djalma Santos, maior
lateral-direito da história)