Leônidas
da Silva - Atacante - Rio de
Janeiro (RJ) - 06.09.1913
É
um dos maiores atacantes
brasileiros da história. Foi
um dos principais jogadores do
início do século e responsável
por difundir o futebol no país.
Era rápido, habilidoso,
inventivo e tinha uma
elasticidade espetacular. Foi
chamado de "Homem de
Borracha" e
"Diamante Negro".
Muitos afirmam que Leônidas
foi o centroavante brasileiro
mais completo da história.
Começou
no modesto Bonsucesso, do Rio,
e jogou no Nacional de
Montevidéu, no Vasco, no
Botafogo, no Flamengo e no São
Paulo. Foi campeão carioca
pelo Vasco e pelo Botafogo,
mas se destacou mesmo no
Flamengo.
Tornou-se
conhecido nacionalmente, foi
campeão carioca e mostrou ser
um artilheiro nato. Esteve
preso em 42, acusado de ter
falsificado papéis para
escapar do serviço militar.
Em liberdade, foi negociado
com o São Paulo. O tricolor
paulista fez uma proposta
milionária, na época a maior
já feita por um jogador de
futebol na América do Sul.
Mais de dez mil pessoas foram
à Estação da Luz para
receber Leônidas. Ele estava
fora de forma, o que obrigou o
São Paulo a contratar médicos
e nutricionistas para colocá-lo
em condições de jogo
novamente.
Quando
chegou ao São Paulo já
estava consagrado e conquistou
cinco títulos paulistas pela
equipe. Disputou as Copas de
34 e 38 pela Seleção
Brasileira. Marcou o único
gol brasileiro na Copa de 34,
na derrota de 3-1 para a
Espanha. Em 38, marcou 8 gols
e foi o artilheiro e melhor
jogador da Copa. Estava
contundido e não jogou a
semifinal da Copa, quando o
Brasil perdeu e não chegou à
final. Encantou os franceses
(anfitriões da Copa), que o
apelidaram de "homem
de borracha". Nessa Copa,
ficou marcada a partida Brasil
6-5 Polônia. Chovia muito e o
campo estava muito enlameado.
Leônidas tirou as chuteiras e
chegou a jogar um tempo descalço.
Ao perceber, o árbitro o fez
calçar as chuteiras
novamente, cumprindo as
regras.
Seu
futebol, de tão belo e raro,
foi comparado a um diamante e
Leônidas passou a ser chamado
de "Diamante Negro".
Emprestou seu apelido a uma
marca de chocolates, que
alavancou suas vendas graças
a sua fama. Para os
brasileiros e grande parte do
mundo, é considerado o
inventor da bicicleta - outros
afirmam que foi Unzaga e
chamam a jogada de
"chilena". Ele próprio
creditava a Petronilho de
Brito - ponta-de-lança do San
Lorenzo - a invenção da
jogada. De qualquer modo, foi
com Leônidas que a bicicleta
se tornou famosa em todo
mundo.
O
primeiro gol de bicicleta de
Leônidas foi em 42, no
Pacaembu, jogando pelo São
Paulo. Sua rapidez,
elasticidade e impulsão
permitiam que ele pudesse
chutar a bola no ar e para trás,
ficando de costas para o chão,
em um verdadeiro salto acrobático.
Disputou 37 jogos pela Seleção
e marcou exatamente 37 gols,
em uma média de um gol por
partida. Pelo São Paulo,
jogou 218 vezes e marcou 143
gols. Encerrou a carreira em
1950, aos 37 anos. Tornou-se técnico
e depois foi comentarista
esportivo.
"Foi como um presente dos
céus saber que Leônidas não
jogaria. Verdadeiro artista,
malabarista da bola, era o
jogador que surpreendia a
todos."
(Alfredo Foni, zagueiro da
Seleção Italiana campeã
mundial em 1938)
"Tinha o tamanho, a
velocidade e a malícia de um
mosquito."
(Eduardo Galeano, escritor e
jornalista, sobre Leônidas da
Silva)
"Os gols de Leônidas
eram tão lindos que até o
goleiro vencido se levantava
para felicitá-lo."
(Eduardo Galeano, escritor e
jornalista)
"A bola era a lua cheia
de graça de Leônidas da
Silva."
(Armando Nogueira, jornalista
e escritor)
"Leônidas não explicava
nada. Quando a gente estava
arregalando os olhos para ver
se via, a mágica estava
feita."
(Mário Filho, escritor e
jornalista)
"Leônidas da Silva era
um mágico do futebol.
Plantava bananeira em campo.
Inventou a bicicleta. Não
fazia só o gol, e os que
fazia tinham alguma coisa a
mais do que a simples bola no
barbante."
(Mário Filho, escritor e
jornalista)
"Um jogador rigorosamente
brasileiro, brasileiro da cabeça
aos sapatos. Tinha a fantasia,
a improvisação, a molecagem,
a sensualidade do nosso craque
típico."
(Nélson Rodrigues, escritor,
dramaturgo e jornalista)
"Foi como um presente dos
céus saber que Leônidas não
jogaria. Verdadeiro artista,
malabarista da bola, era o
jogador que surpreendia a
todos."