Maior
jogador do Cruzeiro de todos
os tempos e um dos maiores gênios
do futebol brasileiro. Rápido,
habilidosíssimo e jogador de
rara inteligência. Jogava na
meia, abrindo espaços para os
companheiros. Mudou seu
posicionamento para poder
jogar ao lado de Pelé e
Rivelino, na Copa de 70.
Passava bem, possuía o drible
curto e sempre jogava de cabeça
erguida, procurando a melhor
jogada.
Armava
o jogo, mas chegava na área
para concluir as jogadas. Sua
principal e melhor característica
era a sua excepcional
capacidade de antever a
jogada. Ganhou o apelido de
Tostão ainda na infância.
Jogava com garotos mais velhos
e era o menor do grupo. Foi
logo chamado dessa maneira, em
alusão à moeda brasileira, já
desvalorizada na época.
Entrou para os juvenis do América
de Belo Horizonte. Destacou-se
tanto que foi vendido para o
Cruzeiro com apenas 16 anos,
por uma fortuna naquele
momento.
Aos
18 anos já era convocado para
a Seleção Mineira de
profissionais. Participou da
partida que inaugurou o Mineirão,
em 65, como titular da Seleção.
Foi pentacampeão mineiro com
o Cruzeiro, de 65 a 69 e
participou do melhor esquadrão
do clube mineiro em toda a sua
história, jogando ao lado de
Dirceu Lopes, Piazza, Raul,
Natal, Evaldo e outros. Em 66,
comandou o time do Cruzeiro
campeão da Taça do Brasil,
vencendo o Santos, de Pelé,
na final. Foi artilheiro do
campeonato mineiro em 65 (17
gols), 66 (18), 67 (20), 68
(25) e 70 (11). Em 72 foi
vendido ao Vasco por US$ 535
mil, a maior transação do
futebol brasileiro na época.
Um ano depois encerrou sua
carreira devido a problemas
com seu olho.
Em
24 de setembro de 69, Tostão
levou uma bolada do jogador
Ditão, do Corinthians, e
descolou a retina do olho
esquerdo. Foi operado em
Houston (EUA) e voltou a jogar
futebol. Em 73 sua retina se
inflamou, o que o levou à
nova operação nos EUA.
Depois da cirurgia não pôde
mais jogar futebol e encerrou
a carreira com apenas 26 anos.
Era um jogador muito dedicado.
Treinava sozinho após os
treinos do Cruzeiro,
procurando corrigir suas
deficiências. Assim,
aprimorou o chute e,
principalmente, aprendeu a
jogar com a perna direita, seu
grande defeito. Muito autocrítico,
nunca ficava satisfeito com
seu desempenho e sempre achava
que podia jogar melhor.
Foi
convocado para a Seleção
Brasileira pela primeira vez
em 66, com 19 anos. Disputou a
Copa da Inglaterra. A partir
daí foi convocado sempre para
a Seleção. Foi o artilheiro
das Eliminatórias para a Copa
de 70, jogando ao lado de Pelé,
com 10 gols. Lutou muito para
se recuperar para a Copa, pois
o problema na retina ainda
persistia. Foi campeão
mundial jogando como titular.
Marcou 36 gols em 65 jogos
pela Seleção Brasileira. Após
encerrar a carreira de jogador
de futebol em 73, cursou
Medicina em Belo Horizonte.
Tornou-se
médico e professor e passou
um bom período sem dar
entrevistas relacionadas com o
futebol, para não confundir
uma profissão com outra. Após
a Copa de 94, largou o magistério
e tornou-se comentarista e
cronista esportivo. Atualmente
trabalha na televisão e
escreve colunas semanais para
vários jornais do Brasil. É
um dos mais respeitados
comentaristas esportivos do
Brasil. Tostão foi tema de
livros, revistas, filmes,
documentários, homenagens e
é nome indiscutível na Seleção
do Cruzeiro de todos os
tempos.
Ganhou
o Prêmio Golfinho de Ouro em
69, para a personalidade
brasileira mais destacada no
esporte. Em 92, foi eleito por
jornalistas, técnicos e
ex-jogadores como um dos 10 gênios
do futebol brasileiro, de 70 a
92. Escreveu um livro de memórias
recentemente.
"A tabelinha de Pelé e
Tostão confirma a existência
de Deus."
(Armando Nogueira, jornalista
e escritor)
"A concepção do futebol
solidário começou com Tostão."
(Daniel Gomes, jornalista)
"Por mais que eu reze não
tem jeito. Esse Tostão é
mesmo infernal."
(Dom Serafim Fernandes de Araújo,
ex-bispo de Belo Horizonte,
torcedor do Atlético Mineiro)
"Poucos jogadores sabiam
abrir espaços para os
companheiros como Tostão
fazia."
(Didi, ex-jogador da Seleção
Brasileira)
"Afora Pelé, eu me
incluo entre os melhores
jogadores que o país já
descobriu."
(Tostão, ex-jogador da Seleção
Brasileira)
"Quem viu Tostão pode se
considerar uma pessoa
feliz."
(Armando Nogueira, escritor e
jornalista)
"A ele bastava um palmo
de grama para encantar o mundo
com dribles e gols jamais
sonhados antes."
(Roberto Drummond, jornalista
e escritor)
"Está entre os cinco ou
seis maiores jogadores de
todos os tempos."
(Nelson Rodrigues, jornalista,
escritor e dramaturgo, sobre
Tostão)
"A diferença de um
grande jogador para o outro é
a capacidade de inventar o
momento. De repente, sai uma
jogada que não estava
prevista."
(Tostão, ex-jogador da Seleção
Brasileira)