Fonte:
Jornal
Diário da Tarde - BH - MG - Sábado
- 13/01/2007
Campolina
enfrenta tabu de nunca ter vencido a
Copa Itatiaia
São
82 anos de história, títulos e muita
tradição em Esmeraldas. Do
Campolina, segundo os cálculos de
Eliseu Alves, presidente do Conselho
Deliberativo do clube, aproximadamente
30 jogadores usaram a equipe como
trampolim para o futebol profissional.
Apesar de toda essa bagagem, falta
ainda para o time um almejado título
em sua galeria: a Copa Itatiaia. Mas,
amanhã, esse tabu pode chegar ao fim,
na final contra o Santa Catarina, às
16h, no Independência.
Para isso, o Campolina aposta na união,
na força de sua equipe e em sua
grande torcida. Fundado em 25 de
agosto de 1925, o Campolina conseguiu
manter sua estrutura, para ser
considerado um dos maiores clubes da várzea
de Esmeraldas. O Estádio Deodoro
Campolina, com capacidade para três
mil pessoas, dispõe de cabine de
imprensa e o campo está adequado às
medidas oficiais da Fifa.
Apesar das boas condições e da força
que o time carrega, principalmente
depois de conquistar o título da
Chave Metropolitana, a cautela tem
sido um sentimento comum entre os
dirigentes. Quando perguntado se a
tradição poderia pesar a favorecer
do Campolina, Eliseu Alves é
convicto: “A tradição não
influi, os dois times chegarão à
partida em totais igualdade”.
Da mesma opinião compartilha Elberth
Vieira, o Beto, presidente do clube.
Os dirigentes também convergem no
ponto de vista quando o assunto é a
suposta vantagem do time por jogar
sempre em campo de grama: “Não
acho que temos vantagem. Muito pelo
contrário. O Santa Catarina se
beneficia com isso, pois eles, saindo
da terra para a grama têm mais chance
de se saírem melhor. O passado foi a
prova disso”, afirma Beto,
referindo-se à final geral da Copa
Itatiaia do ano passado, quando o
Santa Catarina sagrou-se campeão
depois de vencer o Vila Rica. Eliseu vê
sua equipe como um time técnico, de
toque de bola: “Sobre o adversário,
não posso falar. Não sei como é o
jogo deles.
O Campolina chega à decisão com a
mesma equipe campeã da Liga de
Esmeraldas. O grupo de atletas foi
formado por Beto, em parceria com o
auxiliar Zezé, que depois de um
processo de pesquisa pela várzea,
recrutaram jogadores que atuavam em
clubes de Contagem, Sabará, Santa
Luzia e Belo Horizonte. Os dirigentes
convidaram jogadores que já haviam
atuado no time ou que já conheciam do
futebol amador, e ainda contaram com
outros atletas trazidos por esses
jogadores, formando uma equipe com
idade média de 23 anos. “Independentemente
do resultado do jogo, vamos continuar
com a mesma equipe”, assegura
Eliseu.