Fonte:
Jornal
Diário da Tarde - BH - MG - Sábado
- 13/01/2007
Confronto
de opostos na decisão da Copa
Itatiaia
Santa
Catarina e Campolina fazem amanhã, às
16h, no Independência (entrada
franca), a finalíssima da Copa
Itatiaia de Futebol Amador. Para o
time da Pedreira Prado Lopes, será a
chance de ser bicampeão, enquanto o
rival de Esmeraldas tenta levar para
sua rica galeria um título inédito.
Quase que uma tradição na Copa, a
finalissíma coloca frente a frente
dois clubes bem diferentes. De um
lado, o Campolina, com uma história
quase centenária. Do outro, o Santa
Catarina, criado em 2002, mas com
origem no time do Oriente.
Para o técnico Fernando Moreira, do
Santa Catarina, na decisão, a história
dos clubes é o que menos pesa. Ele
observa que da mesma forma que o
rival, sua equipe não buscou reforços
de última hora para disputar a Copa
Itatiaia, mantendo a base do ano
anterior.
Diferentemente do Campolina, que tem
estádio próprio, a equipe da
Pedreira Prado Lopes não costuma
jogar na grama, passando a maior parte
do ano em campos de terra. Mas, para
Fernando, isso não altera muito o
desempenho do grupo. “Não vejo
muita diferença no jogo na terra ou
na grama. Pode fazer diferença para
alguns jogadores, para outros não.
Mas eu não vejo essa mudança como
fundamental”.
Já o atacante Wagner Gambá,
artilheiro da equipe, disse que o
Santa Catarina disputou cinco
amistosos na grama, como preparação
para a Copa Itatiaia, e que isso foi o
suficiente para o grupo se adaptar ao
piso gramado.
Fernando diz que o Santa Catarina é
uma equipe equilibrada, que não
valoriza mais a técnica que a raça
na hora de jogar. Segundo o treinador,
sua equipe tem média de 24 anos,
sendo quatro jogadores de 20 anos.
Wagner Gambá é um dos jogadores mais
velhos da equipe, com 30 anos. Ele diz
que a diferença de idade ajuda tanto
aos mais velhos quanto aos mais novos.
“Os jogadores mais novos ajudam a
levar a equipe, porque eles correm
mais, têm mais fôlego, e a gente
contribui com a experiência em
campo”, explica.
A base da equipe é formada por
Paulinho, Dundum, Adonai, Dim e
Thiago; Igor, Guilherme, Kaiser e
Didico; Gambá e Josué.
História
Segundo o presidente da equipe, Adão
Baltazar de Carvalho, conhecido como
Bocão, o Santa Catarina, que foi
fundado como Oriente, e esteve inativo
por 22 anos até o final de 2002. Bocão
é neto do fundador do Oriente, Hélio
de Carvalho, e diz que resolveu
assumir a equipe do avô devido à
falta de um time amador na parte de
cima da região da Pedreira Prado
Lopes.
Ele não sabe precisar a data exata de
fundação do clube, mas estima que
tenha sido há 30 anos. “A equipe
jogou cerca de oito anos, até a morte
de meu avô. Depois disso, ficou
inativo até quatro anos atrás,
quando resolvi reativar o clube. O
nome Oriente já estava registrado,
então usamos o nome do Santa
Catarina”, explica.
Para ele, a tradição da equipe
adversária não deve pesar na final. “Vai
ser um jogo muito difícil, as equipes
são muito boas, mas acredito muito no
meu time”, garante.
Ele espera um comparecimento em peso
dos torcedores da Pedreira, que
lotaram o Independência na final do
ano passado. “O público total
daquela finalíssima foi de 15 mil
espectadores, mais cinco mil que
ficaram de fora. Desses, estimo que
cerca de oito mil eram da nossa
torcida. Quando um dos times da
Pedreira sai da competição, a
torcida passa para nosso lado”.
Desde a volta às competições, o
Santa Catarina venceu a 2ª Divisão
da Copa Centenário, o Campeonato
Amador Júnior, a Copa Itatiaia geral
e a Chave BH da Copa Itatiaia. O
presidente diz que seu clube chegou em
várias semifinais nesses quatro anos,
o que deu mais maturidade ao clube
para as decisões.