Fonte:
Jornal
Diário da Tarde - BH - MG - Quinta-Feira
- 11/01/2007
União
move o Campolina em busca do título
da Copa Itatiaia
No
futebol amador, mais do que o
desenvolvimento de um esquema tático,
a união e o entrosamento entre
atletas, técnico e dirigentes são
imprescindíveis para o sucesso de uma
equipe. Contratações de peso e altos
investimentos em novos atletas ainda não
conseguiram superar o simples prazer
de jogar bola e o amor à camisa. Isso
é o que vem demostrando o técnico
Marco Aurélio da Silva, o Marquinhos,
que colocou o time Campolina na finalíssima
da Copa Itatiaia, com a conquista do título
da Chave Metropolitana em cima do
Brumadinho, domingo passado.
”No Campolina tenho todas as
condições para fazer meu trabalho
como técnico. Não treinamos, não
recebo salário. A forte união da
equipe e o grande apoio do presidente
Beto têm sido os pilares dessa
campanha de sucesso”, afirma o técnico.
Depois de ter conquistado o torneio de
Santa Luzia pelo Coimbra e vencido o
campeonato da Liga de Vespasiano pelo
Alvinegrense, além de levantar o troféu
da Copa Kalu, o nome de Marquinhos
ganhou projeção na várzea da região
metropolitana. A repercussão foi tão
boa que, ao precisar de um técnico
para dirigir o Campolina na temporada
de 2006, o vice-presidente Juninho
entrou em contato com Marquinhos. “Eu
também já tinha atuado com o goleiro
Papagaio. Ele acabou ajudando nesse
processo”, explica Marquinhos.
Essa parceria deu tão certo que ao
chegar no clube o técnico conseguiu
conquistar o troféu municipal de
Esmeraldas, que não só permitiu que
o time pudesse participar da Copa
Itatiaia, como também levantou o
moral da equipe para entrar na Copa.
Treinador
espera seqüência no profissional
Marquinhos,
depois de ter uma boa atuação na várzea
e no profissional como atleta, começou
a tomar gosto pela função de técnico
e foi conquistando títulos. “Comecei
a ganhar muitos títulos, foi dando
muito certo. Comeceitreinando
equipes de base e já estou no amador
e quero levar isso para frente”,
conta, referindo-se à carreira
profissional.
E o sonho de Marquinhos pode se
realizar bem antes do que muita gente
imagina. É que o técnico negocia com
o Arsenal, equipe que se
profissionalizou recentemente em Santa
Luzia, para comandar seu time no
Campeonato Mineiro.
O futebol profissional não é
novidade na vida de Marquinhos. Quando
atuava como atleta nas categorias de
base, ele jogou no América Mineiro e
no Guarani, de Campinas, junto com
Alex Mineiro (atualmente no Japão),
seu amigo de infância: “Na época
era indisciplinado, saía da concentração
de noite. Hoje vejo o Alex Mineiro
bem, percebo que perdi uma
oportunidade. Mas ainda penso no
profissional, e agora como técnico
pode ser uma nova chance”, afirma.
Entrosamento
com a comunidade
Durante
a semana, Marquinhos trabalha como
assessor de um deputado. Como o time
do Campolina é formado por jogadores
que trabalham a semana toda, os
jogadores só atuam no domingo. Assim,
além do trabalho e do futebol, o técnico
tem tempo para fazer as coisas que
mais gosta com sua família, como ir
ao teatro. Marquinhos é pai de duas
garotas, fruto de um casamento de 11
anos. Elas adoram esporte. “Minhas
esposa, por exemplo, desde quando
ainda namorávamos, ia aos jogos para
me prestigiar”.
O tão importante apoio da família de
Marquinhos é maior ainda nos jogos do
Campolina: “Estou conhecendo e me
dando muito bem com a comunidade de
Esmeraldas. A torcida do time é fanática
e está sempre presente, somos uma família.
Sem dúvida é o melhor time no qual já
atuei”.
Para a decisão de domingo, o
treinador pretende reunir tanto a família
do futebol quanto a pessoal, para
conquistar o campeonato com humildade
e respeito ao adversário.