Fonte:
Jornal
Diário da Tarde - BH - MG - Quarta-Feira
- 10/01/2007
Doutor
Papagaio promete fechar o gol do
Campolina na final da Copa Itatiaia
Sem
se preocupar com o trajeto
BH-Esmeraldas- Esmeraldas-BH todos os
fins de semana, o goleiro Guilherme de
Souza Barcelos, o Papagaio, vem
proporcionando muita alegria para os
amantes do futebol amador da cidade da
região metropolitana. Ele é uma das
estrelas da equipe do tradicional
Campolina. O goleiro brilhou na
conquista do título da Chave
Metropolitana da Copa Itatiaia,
domingo, contra o Brumadinho. Na
partida disputada no Estádio Bueno
Franco, em Betim, depois do empate por
1 a 1no tempo normal, Papagaio
garantiu o título ao Campolina com
duas defesas da decisão por pênaltis.
“Agora, queremos trazer o título
inédito de campeão geral para a
cidade de Esmeraldas”, avisa o
atleta.
O envolvimento com o futebol vem desde
1987. Já com o Campolina, o atleta
iniciou sua relação em 2001, ao
aceitar um convite do presidente do
clube, Juninho. “Éramos amigos
de noitadas emBelo Horizonte,
ele sabia que já tinha atuado nas
categorias de base do Atlético e do
América, e me chamou”, conta o
goleiro.
Assim, mesmo morando na capital,
Papagaio começou a disputar os
campeonatos da Liga de Esmeraldas. Mas
o amador não era novidade para ele.
Depois de ter passado de 1992 a 1996
no Galo e no Coelho, conquistando títulos
nas respectivas equipes, Papagaio
atuou em times como o Frigoarnaldo, de
Contagem, e o Ferroviário, do Bairro
Horto.
”Tive vontade de continuar no
profissional, mas meus familiares
queriam que eu desse seguimento nos
estudos. Também, a competição é
grande, a vaga para goleiro é uma só”,
argumenta, explicando o motivo de não
ter prosseguido na carreira
profissional.
Mas Papagaio não se dá por vencido: “Acho
difícil, pois já tenho 26 anos, mas
se surgir alguma oportunidade, estou
à disposição”.
De Periquito a Papagaio
Durante a semana, ele atua como o
doutor Guilherme de Souza Barcelos,
advogado formado em 2002. Já nos fins
de semana, quem assume o gol do
Campolina é Papagaio, apelido herdado
do pai: “Quando ele jogava no Atlético,
o pai também atuou nas categorias de
base do Galo, ele gritava e falava
muito, orientando o time, daí veio o
apelido. Quando eu era pequeno, era
chamado de periquito. Aí, cresci, e
deu no que deu”, brinca.
Fora o futebol, o atleta e advogado
gosta de correr, para manter o preparo
físico, e também de namorar bastante
. Nos seus namoros, Papagaio diz que o
que mais gosta é de ir ao cinema.
Mesmo com tantas atividades, o goleiro
já tem o pensamento no futuro pós
Copa Itatiaia:
“Tenho vontade de atuar em outras
Ligas. Queria, por exemplo, disputar a
Primeira Divisão do Setor de Futebol
Amador da Capital (SFAC), e depois
jogar pelo Campolina. Mas ainda não
surgiu nenhum convite”.