Fonte:
Jornal
Diário da Tarde - BH - MG - Quarta-Feira
- 10/01/2007
Artilheiro
do Santa Catarina quer repetir a dose
na Final da Copa Itatiaia
Wagner
Gambá, de 30 anos, vem fazendo a
diferença no Santa Catarina na Copa
Itatiaia. Há um ano na equipe, Gambá
foi autor de dois gols na final
vitoriosa da Chave BH no domingo, por
3 a 1, no campo do Santa Cruz, em cima
do Januário Carneiro, e espera marcar
mais dois na finalíssima contra o
Campolina, neste domingo, às 16h, no
Independência. “Estou com uma
expectativa muito boa para o jogo,
quero marcar dois gols para me igualar
ao atual artilheiro da competiçãoUdson, do Campolina”, diz o
atacante, que participou da conquista
do título de campeão geral do Santa
Catarina no ano passado.
Wagner Gambá diz estar no amador
desde os 10 anos de idade, quando
entrou com seu irmão, Warley Gambá,
no Peçanha. Depois de passar pelo Peçanha
e pelo Santa Mônica, ele teve sua única
experiência no futebol profissional. “Treinei
oito meses no time júnior do América,
mas o treinador disse que o time
adulto já estava montado e eu não
conseguiria vaga. Depois disso, não
tentei mais nada no profissional”,
lamenta.
Além da habilidade nos pés, Wagner
também possui talento profissional,
com as mãos: há 15 anos ele trabalha
com o pai de mesmo apelido na
Serralheria do Gambá, no bairro Santa
Mônica, onde também mora. “Fazemos
portas, janelas, tudo que envolve
ferragens dentro de uma casa”,
enumera o atacante.
Quanto ao apelido, ele diz não saber
a origem. “Meu pai tem esse
apelido há mais de 40 anos, nem ele
sabe por que”. Wagner jogava no
Poliéster antes de entrar para o
Santa Catarina, e disse que já
recebeu convite de vários clubes, mas
escolheu o Santa Catarina devido a
amizade com o presidente do clube, o
Bocão. “Já me ofereceram
dinheiro para jogar em outros clubes,
mas, mais vale uma amizade que 50
reais para disputar uma partida”,
ensina o artilheiro.
Herdeiro
O
irmão de Wagner, Warley Gambá, também
está no amador, na equipe
Cachoeirinha, que foi adversário do
Santa Catarina na final da Chave BH.
Segundo Wagner, não há rivalidade
entre os dois. O centroavante pretende
passar a tradição do futebol para
frente: ele está esperando um filho,
Kauã, que deve nascer em quatro
meses, e tem esperança para ele no
esporte. “Ele tem que jogar,
puxar o pai, ser meu herdeiro”,
brinca.
Antes de entrar na equipe da Pedreira
Prado Lopes, ele jogou na Ferroviária,
Poliéster, Malhorca, Cachoeirinha,
Santa Mônica, Pompéia, Santa Cruz,
Inconfidência, Venda Nova, Ipiranga,
Peçanha e Oriente.