45ª Edição da Copa Itatiaia - 2005 / 2006

 O Maior Torneio de Futebol Amador do Brasil

E-mail: marcoantonio@hc.ufmg.br

 

Fonte - Jornal AQUI - BH - MG - 30/12/2005

Ajuda Externa – Torcedores fanáticos não faltam ao jogo e apóiam seus times no “terrão”

Eles participam de todos os jogos da Copa Itatiaia e vão ao campo uniformizados, mas não são jogadores. Gritam e dão as coordenadas aos atletas, mas não são os treinadores. A maior competição de Futebol Amador do Brasil mexe com a emoção dos torcedores, que não deixam de comparecer aos estádios e apoiar seus times em busca da conquista. A presença dos fanáticos seguidores dos clubes tem sido marcante nesta edição do torneio.

O 12º jogador tem comparecido em peso em todas as partidas. Na última quarta-feira, 28/12, o Vila Rica, de Sabará, finalista do torneio pela chave Metropolitana, contou com a fundamental ajuda da arquibancada para vencer o Nápoli, de Pedro Leopoldo, por 3 a 2. O clube levou cinco ônibus cheios e uma van com os torcedores para Santa Luzia, onde foi realizada a partida.

Baraque de Jesus é o chefe da torcida do Vila Rica. É ele quem puxa o tradicional grito de guerra e prepara as músicas que serão cantadas nas arquibancadas. Ele compara a torcida do time de Sabará com a do Corinthians, atual campeão brasileiro. “A nossa torcida, assim como a do timão, manda muito em campo. Os próprios jogadores falam que a gente estimula demais. Somos, com certeza, o 12º jogador”, conta.

Poliéster

No confronto peãs semifinais, também na quarta-feira, o agora finalista Poliéster, da Pedreira Prado Lopes, levou mais de 3 mil torcedores ao campo do Vale do Jatobá. Com faixas, bandeiras e a tradicional charanga, a torcida completou o espetáculo e empurrou o time na goleada de 5 a 0 sobre o Suzana.

Para Nildo André Pereira, representante do Poliéster, o apoio da torcida faz toda a diferença nos jogos. “Esse suporte é essencial. Acho que a torcida, na verdade, é até mais importante que a própria equipe. Porque se o atleta está sem disposição, ele olha para as arquibancadas e sente uma força incrível”, diz.

Nildo ainda conta que a paixão por times amadores é mais forte que a dedicação aos profissionais. “Os torcedores da várzea são bem mais humildes, então o esporte para eles é lazer. Além disso, no amador você tem contato, convivência com o time. É mais prazeroso porque é mais transparente. Já no profissional é muita cartolagem”, compara.