Competição
já revelou vários jogadores
que chegaram até a seleção
brasileira
Engana-se
que pensa que os jogadores da
Copa Itatiaia não tem futuro.
Grandes craques que desfilaram
por gramados nacionais e
internacionais por grandes
clubes e até pela seleção
brasileira disputaram o
torneio. E um dos maiores ídolos
da história do Atlético também
começou no “terrão”. Paulo
Isidoro teve grandes passagens
por Atlético, Grêmio,
Santos, Guarani e seleção.
Jogando como meia, marcou a
história do futebol. Mas
antes de ser profissional,
vestia a camisa do Ideal, um
time amador do bairro da Graça,
região nordeste da capital, e
mostrava sua habilidade na várzea.
O famoso Tziu foi um dos
muitos jogadores de renome que
disputaram a Copa Itatiaia.
De
acordo com os organizadores, a
lista dos revelados no torneio
conta ainda com Toninho Cerezo
e Marinho, além do árbitro Márcio
Rezende de Freitas. “O
Futebol Amador me marcou pelo
carinho que existia no time.
Todos jogavam por vontade, sem
receber nada. Não tinha
interesses, Tinha amor pelo
futebol”, conta Isidoro. O
menino de matosinhos mudou-se
para a capital aos 11 anos e
ainda não sonhava em ser um
grande jogador. Começou a
trabalhar cedo como operário.
A distração nos fins de
semana era próxima de casa.
“Eu morava na Sagrada Família,
perto do campo do Ideal, e
jogava por prazer mesmo”.
Olheiros
Ele
não lembra bem quando foi a
sua participação na competição.
Só sabe que foi antes de
1973, quando a diversão
passou a ser assunto sério.
Paulo Isidoro tinha 19 anos e
conheceu o olheiro do Atlético,
Irineu, num amistoso do ideal.
“Ele me viu jogando e chamou
para fazer um teste no campo
de Lourdes, junto com outros
dois rapazes. Naquela época,
tinha muitos olheiros nas
beiradas dos campos de várzea”,
observa.
Os
jogos de Futebol Amador não
chamam tanta atenção dos
grandes clubes como
antigamente. Mas ainda existem
jogadores que se destacam na várzea
e são convidados para equipes
profissionais. Segundo
Isidoro, a Copa Itatiaia pode
facilitar o surgimento de
novos talentos.Ele
mesmo é um exemplo para as
jovens promessas que disputam
o torneio.
“Na minha época,
mesmo com as peneiradas, era
muito difícil fazer testes no
Atlético, Cruzeiro ou América.
O amador tinha vários
jogadores de qualidade. Hoje,
o jogador novo tem mais
mordomias. Ele mal sai da
frada e já tem empresário”,
afirma.