Meninas
driblam o rigor das regras com charme
na Copa Centenário
O
futebol feminino tem suas
peculiaridades. Uma delas é a vaidade
das meninas em campo. Apesar da tradição
masculina do jogo, especialmente no
Brasil, onde o preconceito ainda é
grande, a diferença está no visual.
Com o bom futebol apresentado pelas
mulheres que disputam a Copa Centenário
Wadson Lima, na categoria feminino,
olhando de longe não se faz distinção
ao futebol masculino. Olhando de
perto, porém, a diferença está na
cara. Ou melhor, nos cabelos. As
atletas não dispensam o charme nem
mesmo nos momentos mais tensos dos
jogos, como no empate por 2 a 2 no clássico
entre Garra e Nacional do Carmo, no
campo da Via Expressa.
Com a proibição de uso de adereços
como brincos, pulseiras, anéis e
piercings, o drible para manter o
charme durante o jogo é abusar dos
penteados e carregar na maquiagem.
Para não atrapalhar no jogo, o
rabo-de-cavalo é o penteado
preferido. Mas é nas amarrações do
cabelo que as meninas usam a
criatividade. Há aquelas que optam
pelo cabelo curto, mais prático, o
que ajuda principalmente no cabeceio
da bola. Mas, ainda assim, elas deixam
algum volume, para dar um toque
especial com trancinhas.
É caso Daniela, de 19 anos de idade e
cinco de futebol amador, meia do
Nacional do Carmo. O cabelo é o que
temos para mostrar nos jogos, porque
os brincos, anéis não podem entrar
em campo. Então a gente arruma os
penteados, e eu gosto das minhas tranças
curtas. E é claro que ficamos
preocupadas durante o jogo em manter o
visual, em deixar o cabelo arrumado.
Se caímos e sujamos, levamos um
tempinho para limpá-lo e ajeitá-lo
novamente.
Outro tempo gasto por Daniela é para
tirar e colocar os seis piercings
espalhados pelo corpo. A maioria fica
na orelha, então dificulta muito
jogar com eles, pois o árbitros não
permitem. E dá muito trabalho ter que
tirar todos e depois recolocar. Mas
vale a pena , comentou.
Mas é a atacante da Seleção
Brasileira Sub 20, Bárbara, também
do Nacional do Carmo, a campeã na
vaidade com os cabelos. “Levo mais
de uma hora e meia para ajeitar tudo.
E ainda coloco a faixinha para segurar
o cabelo e não deixá-lo cair na
testa. A gente não pode perder a pose
em campo, mesmo com tanto trabalho”.