Manchester,
do bairro Rio Branco, sonha com título
infantil da Copa Centenário
A
equipe infantil (91,92 e 93) do
Manchester quer marcar com um título
sua primeira participação na Copa
Centenário Wadson Lima. O time começou
a ser formado no fim do ano passado e
chegou à competição mostrando
garra. Sediado no bairro Rio Branco, o
Manchester venceu o São José por 3 a
1. Na segunda rodada, empatou por 3 a
3 com o Granja de Freitas, e volta
suas atenções para o confronto com o
União Celeste, na próxima rodada,
que será decisivo.
”Enfrentamos o União pela última
vez no torneio Rola Bola e empatamos
por 3 a 3. Nosso time está motivado e
confiante , afirma Itamar Esteves, técnico
do infantil. A equipe deles é boa,
sei que vai ser um jogo equilibrado,
assim como foi o último”,
acrescenta.
Itamar conta, ainda, que considera o título
da Copa Centenário difícil de
conquistar, mas não julga impossível,
e destaca o quanto é importante
acreditar na vitória. Ele também
treina as categorias mirim e pré-mirim:
“Na verdade, eu, Deraldo e o
Alexandre, o Dim, cuidamos um pouco de
todas as categorias. É como se fosse
três técnicos para todas as
categorias”, esclarece.
O Manchester, antes de iniciar a Copa
Centenário, disputou vários
amistosos para ajustar a equipe. Desde
que entrou no Manchester, em 2002, a
convite de Deraldo e Dim, Itamar levou
a categoria infantil à final do
Campeonato Infantil da SFAC - Setor de
Futebol Amador da Capital, mas
terminou vice-campeão, e do torneio
Rola Bola: “Os organizadores do Rola
Bola foram desonestos conosco. O jogo
estava marcado para domingo, chegamos
no local e eles haviam passado a
partida para o sábado sem nos avisar.
Não admitimos a derrota nem a atitude
dos organizadores”, critica Itamar.
Orgulho
pelo trabalho social
Itamar
sente orgulho pelo trabalho com a
equipe infantil, especialmente pela
importância social do futebol amador.
Ele afirma que desde quando ingressou
como treinador do Manchester tem uma
ótima relação com as crianças, e
mostra que isso não é à toa: “Eu
sofri muito quando era mais novo e
tenho a vontade de tirar as crianças
da rua. Às vezes, chega um menino lá
que passou o dia sem tomar um café,
ou comer uma pão. Sempre damos alguma
comida ou uma cesta de alimentos, para
ajudar essas crianças”, conta o técnico.
O treinador explica que o time de
futebol acaba sendo uma alternativa
para aqueles garotos que estão na
rua, sem fazer nada, e ressalta que é
importante que essas crianças tenham
alguém que possam olhar por elas e
ajudá-las, como ele teve um dia:
“Eu devo muito ao senhor Geraldo, se
não fosse ele não sei o que seria da
minha vida hoje”, revela o técnico,
que já passou por situações
parecidas com a dos meninos que ajuda.