9ª Copa Centenário de Futebol Amador - Edição de 2006

Belo Horizonte - Minas Gerais

O Maior Evento de Futebol Amador do Brasil

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Fonte - Jornal Diário da Tarde - BH - MG - Quinta-Feira - 05/10/2006 

Manchester, do bairro Rio Branco, sonha com título infantil da Copa Centenário

A equipe infantil (91,92 e 93) do Manchester quer marcar com um título sua primeira participação na Copa Centenário Wadson Lima. O time começou a ser formado no fim do ano passado e chegou à competição mostrando garra. Sediado no bairro Rio Branco, o Manchester venceu o São José por 3 a 1. Na segunda rodada, empatou por 3 a 3 com o Granja de Freitas, e volta suas atenções para o confronto com o União Celeste, na próxima rodada, que será decisivo.

”Enfrentamos o União pela última vez no torneio Rola Bola e empatamos por 3 a 3. Nosso time está motivado e confiante , afirma Itamar Esteves, técnico do infantil. A equipe deles é boa, sei que vai ser um jogo equilibrado, assim como foi o último”, acrescenta.

Itamar conta, ainda, que considera o título da Copa Centenário difícil de conquistar, mas não julga impossível, e destaca o quanto é importante acreditar na vitória. Ele também treina as categorias mirim e pré-mirim: “Na verdade, eu, Deraldo e o Alexandre, o Dim, cuidamos um pouco de todas as categorias. É como se fosse três técnicos para todas as categorias”, esclarece.

O Manchester, antes de iniciar a Copa Centenário, disputou vários amistosos para ajustar a equipe. Desde que entrou no Manchester, em 2002, a convite de Deraldo e Dim, Itamar levou a categoria infantil à final do Campeonato Infantil da SFAC - Setor de Futebol Amador da Capital, mas terminou vice-campeão, e do torneio Rola Bola: “Os organizadores do Rola Bola foram desonestos conosco. O jogo estava marcado para domingo, chegamos no local e eles haviam passado a partida para o sábado sem nos avisar. Não admitimos a derrota nem a atitude dos organizadores”, critica Itamar.

Orgulho pelo trabalho social

Itamar sente orgulho pelo trabalho com a equipe infantil, especialmente pela importância social do futebol amador. Ele afirma que desde quando ingressou como treinador do Manchester tem uma ótima relação com as crianças, e mostra que isso não é à toa: “Eu sofri muito quando era mais novo e tenho a vontade de tirar as crianças da rua. Às vezes, chega um menino lá que passou o dia sem tomar um café, ou comer uma pão. Sempre damos alguma comida ou uma cesta de alimentos, para ajudar essas crianças”, conta o técnico.

O treinador explica que o time de futebol acaba sendo uma alternativa para aqueles garotos que estão na rua, sem fazer nada, e ressalta que é importante que essas crianças tenham alguém que possam olhar por elas e ajudá-las, como ele teve um dia: “Eu devo muito ao senhor Geraldo, se não fosse ele não sei o que seria da minha vida hoje”, revela o técnico, que já passou por situações parecidas com a dos meninos que ajuda.

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