Cachoeirinha na final - Equipe derruba Mineirinho com empate no Alto Vera Cruz
Um clássico de
fortes emoções marcou a semifinal da Copa Centenário de
Futebol Amador 2004, ontem à tarde, no campo do Mineirinho,
com a equipe da casa ficando no empate de 1 a 1 com o
Cachoeirinha, que arrancou a classificação para a final. Na
partida anterior, em seu campo, o Cachoeirinha havia vencido o
Mineirinho por 3 a 2 e jogava com a vantagem do empate.
Dentro das tradições da várzea belo-horizontina, o clássico
teve de tudo. Em uma falha na defesa do Mineirinho, aos 8
minutos do primeiro tempo, Douglas Silva aproveitou para
marcar para o Cachoeirinha. O time do Mineirinho, que foi para
cima do adversário com força total, conseguiu um pênalti
sofrido por Rosemberg. Ele mesmo cobrou, mas não converteu ao
chutar no canto direito, com o goleiro Ramon fazendo uma bela
defesa. No rebote, a bola voltou para o próprio Rosembergue
fazer o que parecia impossível. Na frente do gol, ele chutou
por cima do travessão, desperdiçando uma chance de ouro.
Em um momento de descuido da defesa do Cachoeirinha, o
zagueiro Nilsão cruzou uma bola na área, que Saulo escorou
de cabeça para trás e Leozinho completou para o gol,
empatando em 1 a 1, quando faltavam cinco minutos para o término
do primeiro tempo.
Na etapa final, o Mineirinho foi com tudo e o jogo ficou só
em meio-campo com o time chutando de fora da área quatro
vezes sem obter vantagem para cima do goleiro Ramon. Já aos
30 minutos, aconteceu o lance que marcou a partida em uma bola
cruzada na área, com Rosembergue completando para o gol de
cabeça. O árbitro Hélio José dos Santos anulou o gol, só
que seu assistente, Rafael Mendonça, corria para o meio de
campo, para confirmar o lance, e voltou atrás para acompanhar
a marcação do árbitro.
Com isto, o técnico do Mineirinho, Paulo Germano, e toda sua
equipe foram para cima do assistente, para que ele confirmasse
o gol. A turma do Mineirinho alegava que o goleiro Ramon
falhara ao tentar antecipar o cruzamento, enquanto o árbitro
acusava que dois jogadores teriam pulado em cima do goleiro do
Cachoeirinha, antes do cabeceio do meia Rosembergue, portanto,
cometendo falta no lance.
O jogo ficou paralisado por quase 15 minutos, com a bola só
voltando a rolar com a presença do policiamento, comandado
pelo tenente Cláudio. Mas os ânimos da torcida do Mineirinho
e de seus jogadores continuaram acirrados, ficando difícil
para a arbitragem levar o jogo até seu final.
O presidente do clube do Alto Vera Cruz, Zé de Castro,
enfatizava, no final da partida, que era difícil controlar
seu pessoal, embora entendesse que o adversário Cachoeirinha
tivesse jogado limpo , debitando o clima de revolta ao péssimo
trio de arbitragem .
Mesmo com as reclamações do time do Mineirinho, alguns
jogadores se conformaram, como o veterano Saulo, enquanto
outros faziam questão de demonstrar a sua indignação, como
o jogador Damião.
Equipes
Mineirinho Esporte Clube: Fabiano; Damião, Bira, Nilsão
e Leozinho; Marquinho, Rosembergue e Sandro; Cristiano, Saulo
e Artur (Pablo).
Técnico: Paulo Germano. Diretor: Flávio. Presidente: Zé de
Castro. Massagista: Nélson Capeta. Desfalques: os volantes
Juninho Concórdia e Dedê e o atacante Ronnie Negão.
Associação Atlética Cachoeirinha: Ramon; Bil
(Carlinhos), Sandrinho, Galeano (Gilberto) e Nildão; Ronaldão,
Douglas Silva (Renato), Douglas Marinho e Dimas; Fabiano e
Rica (Fio).
Técnico: Marcinho Pica-Fumo. Auxiliar: Ramon. Diretor: Zé Antônio.
Massagista: Émerson.
Árbitro: Hélio José dos Santos; assistentes, Pablo Costa e
Rafael Mendonça. Delegada da Smes: Artemisa Sant`ana.
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