5ª
Copa Centenário de Futebol Amador
- Edição
de 2002
Belo
Horizonte - Minas Gerais
O
Maior Evento de Futebol Amador do
Brasil
Cachoeirinha
vence Santa Cruz e se classifica para a próxima fase: 2 x 0
O Cachoeirinha venceu o clássico da Copa Centenário, batendo
o Santa Cruz por 2 a 0, gols de Marquinhos, aos 10 e do
artilheiro Carlinhos Baiano, aos 39, ambos do primeiro tempo,
arrancando a sua classificação para a próxima fase da
competição.
As
duas equipes fizeram um jogo bem disputado. Um eventual lance
irregular ou uma jogada de surpresa poderia decidir a sorte da
partida. O Cachoeirinha começou tendo um penalti a seu favor,
sofrido por Dimas, ao ser agarrado dentro da área por
Juliano. Marquinhos cobrou e converteu, aos 10 minutos,
fazendo 1 a 0 para o Cachoeirinha.
A vantagem deu tranqüilidade ao Cachoeirinha, que manteve o
ritmo em busca de mais um gol. Esta situação perdurou
durante grande parte do primeiro tempo, com o Cachoeirinha
jogando na base da garra e buscando, pelo menos, manter o
placar favorável. O Santa Cruz respondia com raras finalizações,
a não ser em cobranças de falta.
A
partida ficou muito truncada, dificultando para os jogadores
que gostam mais de trabalhar a bola. O Cachoeirinha quase não
atacava pelo setor esquerdo, mesmo tendo dois especialistas
naquele setor do campo, enquanto o Santa Cruz não contava com
o apoio de seus laterais, ficando o meio de campo encarregado
de tenta definir as jogadas com os homens da frente. O Santa
Cruz, em desvantagem no marcador, mostrou-se apático,
comportando-se com pouca ousadia, com pouca gente disposta a
decidir o jogo ou, pelo menos, chegar ao empate,
principalmente na primeira etapa.
Daí
que o castigo veio ligeiro, com a boa jogada de Edmilson,
quase no final do primeiro tempo. ele foi ao ataque pela
esquerda, livrando-se dos marcadores e, da linha de fundo
cruzou na medida para o artilheiro Carlinhos Baiano marcar e
fazer 2 a 0, placar do primeiro tempo.
No
segundo tempo, o Santa Cruz voltou com o propósito de
diminuir a diferença no marcador e até mesmo chegar ao
empate. O técnico Renato Neves modificou o esquema tático,
adiantando mais o jogador João Carlos, que virou atacante,
aumentando o poder de fogo da equipe, pois só tinha até o
momento a opção de Macalé.
O
jogo voltou a ficar movimentado nas intermediárias, mas a
defesa do Santa Cruz era mais vulnerável, pois o time buscava
a qualquer custo um gol. O Cachoeirinha recuou ainda mais para
o seu campo, não dando espaços para os atacantes adversários.
A partir daí, o time passou a usar o contra-ataque, mas
faltou competência para executar as jogadas.
Já
o Santa Cruz embolou todo na frente, faltando uma boa jogada
pelas laterais, com algumas boas tentativas pelo setor
direito. Ainda assim, as oportunidades não foram criadas,
dependendo o time do chute a gol, que não foi executado em
nenhum momento. A segunda etapa ainda foi marcada pelas expulsões
de Marquinhos, por reclamação, logo após levar o primeiro
cartão amarelo, aos 11 minutos. O técnico Márcio Pica-Fumo
colocou sangue novo no time para aliviar o sufoco.
Aos
39 minutos, numa trombada com o zagueiro Serginho, o atacante
Macalé foi expulso, porque já tinha o cartão amarelo, mas o
lance foi totalmente normal, a não ser pela catimba do
zagueiro do Cachoeirinha, que encenou uma falta violenta. Com
isto, o jogo perdeu qualquer objetividade, com os dois times não
apresentando nada até o final. O placar de 2 a 0 para o
Cachoeirinha foi justo pelo que o time fez no primeiro tempo,
e o Santa Cruz agora precisa torcer por um tropeço do
arqui-rival para ter chances de alcançá-lo na disputa pela
classificação.
O
Cachoeirinha venceu com o futebol de Luizinho; Fabiano,
Serginho, Paulinho (Alexandre) e Nildão Só Alegria;
Renatinho, Marquinhos (expulso) e Edmilson (Carlinhos);
Gabriel (Anderson), Carlinhos Baiano (Eduardo) e Dimas
(Ricardo).
Técnico: Márcio Pica-Fumo. Massagista:
Pardal. Diretores: Zé Antônio, Marco Antônio Fialho,
Chicão e Zé Ribeiro.
O
Santa Cruz perdeu com Messias; João Carlos, Alex, Juliano e
Vaguinho; Roninho, Paulo (Romeu) e Emerson (Cristiano); Roney
(Miltinho), Macalé (expulso) e Gigante.
Técnico:
Renato Neves. Massagista: Joselito. Diretores:
Cláudio Batista e José Anunciato (Cincunegui). Presidente:
Cláudio Henrique Soares, o "Claudinho".
O
árbitro da partida foi Antônio Coelho Fernandes, auxiliado
por Ricardo Luiz Costa e Paulo Gabriel.
O
delegado da SMES foi Gaspar Teixeira Carvalho. O policiamento
foi comandado pelo Cabo Leal, da 22ª Cia do 16º BPM.