Futebol é uma
caixinha de surpresas. Dele é
possível extrair coisas do “arco da
velha”. Histórias e estórias são
contadas através dos tempos
envolvendo este apaixonante esporte
bretão. Uma delas aconteceu lá pelos
idos dos anos setenta. Jogavam
Eugênio de
Melo x Industrial.
Jogo
nervoso, os ânimos se mostravam
acirrados dentro e fora de campo. Em
dado momento acontece uma briga
entre as torcidas. Os jogadores que
até então se detinham apenas e tão
somente no desenrolar da partida de
repente se dão conta do “quebra” que
acontecia fora das quatro linhas.
O primeiro
pensamento foi abandonar o campo de
jogo a fim de ajudar a torcida na
luta contra os adversários.
Adivinhando o que se passava na
cabeça de cada um,
Renato
Prianti,
que era o
árbitro da partida, não se fez de
rogado:
"Quem
quiser brigar tá liberado".
Foi a gota
d’agua. Os atletas não esperaram uma
segunda ordem; partiram pra pancada
ali mesmo. Era sopapo que não
acabava mais. Após dez minutos de
empurra-empurra, precedido de
intensa pancadaria os ânimos,
finalmente, foram serenados.
Prianti,
que
passivamente a tudo assistira,
saindo de sua posição de “deus do
Olímpio” trila o apito chamando de
volta a os briguentos.
"Já brigaram?
Estão satisfeitos agora? Então vamos
pro jogo".
E não expulsou ninguém.