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Forró do Gerson

Cana e futebol nem sempre combinam. Mesmo assim, têm aqueles que ainda insistem: é uma na canela e outra na goela.

Exemplos não faltam. Mas, de todos os “causos” que entraram para o folclore do futebol do Vale do Aço, certamente um dos que melhor ilustram essa teoria é o que envolveu – novidade – dois também folclóricos boleiros da região.

Em tempos idos – e põe “idos” nisso –, o time do Bole Gole, comandado pelo técnico Netinho, foi convidado para jogar na acolhedora Coroacy, cidade conhecida pelas boas cachaças que produz. O placar do jogo é o que menos importa nessa história.

Após a partida, Netinho reuniu a turma do Bole Gole para a tradicional resenha. E aí, haja cachaça. Teve jogador (?) que bebeu tanto que esqueceu até o nome da cidade onde estava.

Já passava da meia-noite – o jogo foi no início da tarde – quando a delegação do Bole Gole resolveu tomar (!) o caminho de casa. A chegada a Ipatinga aconteceu por volta das 5h da madrugada.

O dia já nascia em Ipatinga, com os primeiros raios do sol, e ainda tinha gente que queria uma prorrogação da resenha. Era o caso do atleta (?) Martins, que, ainda sob o efeito da manguaça, procurou um parceiro para a prorrogação no boteco mais próximo:

- Vamos tomar a saideira?, propôs Martins ao lateral Orly, que estava sentado ao seu lado na poltrona do ônibus do Bole Gole.

- Aonde?, interessou-se Orly.

- Que tal no Forró do Gerson?, respondeu Martins.

Convite feito, convite aceito. Serelepes, escorando um no outro, Martins e Orly rumaram para o Forró do Gerson que, àquela hora, devia ser o único bar aberto.

Com menos de cinco minutos de caminhada, Martins e Orly chegaram, enfim, à esperada “casa de tolerância”. Porém, qual não foi a surpresa ao encontrarem as portas fechadas.

- Fechou cedo hoje..., consolou-se Martins.

Só então que, depois de aprumar o corpo, é que o Martins se deu conta de que não estava em nenhum forró, boate ou casa do gênero. Eles foram parar, movidos por alto teor etílico, na porta de uma loja que vendia, na verdade, “Forro de Gesso”.

O choque foi tanto que o Martins e o Orli sararam na hora. Mais do que a ressaca, o duro foi aguentar depois a gozação dos amigos.