Fonte
- Jornal Diário da Tarde -
BH - MG
- Terça-Feira -
22/08/2006
Meia
Renato, do Malhorca, espera repetir sucesso na Copa Centenário
O
meia do Malhorca, Renato, entrou em campo no domingo, na final
em seu time conquistou o título com uma vitória por 2 a 0
sobre o Aarão Reis, por apenas 10 minutos. Mas foi tempo
suficiente para mostrar um estilo diferente de futebol de várzea.
Para ele, não interessa o tipo do campo, mas sim estar sempre
jogando: amador, futsal ou soçaite. O campeão da Primeira
Divisão do Amador de Belo Horizonte está em todas essas
modalidades futebolísticas. No futsal, Renato é mais
conhecido como Maradona, vice-campeão pelo América em 2002 e
2003 e também já atuou em Portugal.
O soçaite, no momento, é o seu predileto. Ele disputa a Copa
BH, válida como etapa do Campeonato Mineiro de Futebol
Society, pelo time Alô Tim/Baviera. Gosto mais, porque já
faz tempo que jogo nessa modalidade. Mas estou em todas as
partidas, não importa de quê, estou jogando, mesmos sendo
amistosos.
Na várzea, ele foi convidado para jogar pelo Malhorca pelo
amigo Igor, goleiro que também atua no futsal. Jogamos juntos
há muitos anos e, como moramos no Conjunto IAPI, sempre
participamos das partidas de amador da Pedreira, sem
problemas. Eu já conhecia um pessoal da minha infância, de
quando ainda atuava no futebol de campo do Atlético e
Cruzeiro, nas categorias mirim e pré-mirim. Agora, somos
campeões, festejou.
Um
campeão que faz a cabeça
O
atacante campeão da Primeira Divisão do Amador de Belo
Horizonte, Marquinhos, sempre faz questão de entrar em campo
com um visual radical. Com um estilo inusitado, de cavanhaque
bem aparado, o cabelereiro profissional pintou o cabelo com
uma cor muito difícil de se ver até mesmo nas mulheres: o
roxo.
A cor foi uma descoberta pessoal, na última semana, quando
testava várias tonalidades. Eu pensei em pintar de louro,
porque das outras vezes, em outras finais, havia pintado de
azul, verde, vermelho e, então, pensei no louro para este
jogo. Mas em uma mistura que fiz saiu esse roxo e eu
experimentei. Achei muito legal e deu certo, porque fomos
campeões.
Como atua também na busca das jogadas pelas alas, ele sofre
muito com as faltas. Ontem, saiu faltando cinco minutos para
terminar a partida, para cuidar de várias pancadas que sofreu
na altura do joelho. Sempre apanho nos jogos. Mas não ligo,
pode sangrar (mostrou um corte que sangrava) que continuo.
Mas, depois que levei uma no joelho, caí errado, parece que
teve uma torção e tive que sair, lamentou.
Marquinhos joga na várzea desde os 12 anos e completou 13 de
carreira no futebol. Já passou por vários times. Já jogou
no Catedral, Campo Verde e Santa Catarina, quando foi campeão
da Copa Itatiaia, ano passado. Agora, voltará para lá, em
busca do título da Copa Centenário.