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Dirigente da equipe do Ressaca, de Contagem, denuncia abandono dos campos de futebol da região

       
    Campo do Terrestre Eustáquio Malaquias    

Contagem já teve muito mais campos de futebol que hoje, o que leva muitos a antever que o Futebol Amador da cidade está ficando com os dias contados. Este é o pensamento do vice-presidente do Ressaca Esporte Clube, das vilas União e Pérola, Eustáquio Malaquias, ao constatar o total estado de abandono em que se encontram os campos da região da Ressaca e de várias outras do Município.

"Já tivemos várias reuniões com a Prefeitura para falar sobre o assunto, mas até o momento a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer - Sel, apenas nos garantiu que nada aconteceria com os campos em comodatos ou doados aos clubes. Havia boatos de que a Prefeitura iria autorizar a construção de apartamentos em nosso campo. Inclusive, várias vezes o local foi visitado por equipes de topografia, que disseram que ali seria um conjunto habitacional, e perguntando sobre as condições do campo", revela, preocupado.

Abandono

De acordo com Malaquias, atualmente, os campos do Guanabara e São Joaquim estão sem qualquer  manutenção e o do Ressaca Esporte Clube, está com os vestiários trincados e os alambrados estourados. Já os campos do Cruzeirinho e do Laguna, ambos no Jardim Laguna, estão totalmente abandonados.

Prosseguindo, ele, relata que no Oitis, o campo do
Bragança também está abandonado e cheio de pneus velhos e podendo se tornarem recipientes para foco da dengue. Na região do Nacional o campo do Terrestre está abandonado, com os alambrados danificados, o mesmo acontecendo em Nova Contagem, com  os campos do Estaleiro, Retiro e do Vila Esperança, onde os vestiários estão todos danificados.

"É muito triste ter que dizer que estes campos estão totalmente abandonados pela Prefeitura, porque Contagem foi considerada a capital do Futebol Amador nos anos 90", lamenta Malaquias, afirmando que não existe auxilio direto ao Futebol Amador.

"A Prefeitura nos ajuda anualmente com uniformes e a taxa de arbitragem vem dentro de um pacote para a Sel, onde a verba é rateada para varias modalidades", coloca.

Denúncia

Ainda segundo ele, deveria existir uma verba só para a manutenção dos campos, que fosse acompanhado pela Liga Desportiva, "pois é nela que os clubes discutem seus divisionais e seus sofrimentos, além do que o presidente conhece todos os campos e pode evitar o que está acontecendo no campo do São Joaquim.

"Teve uma reunião onde falaram que iam fazer ali a Praça do PAC, mas na votação do OP 2009/20210, foi aprovada uma pista de caminhada no entorno do campo. A equipe do OP não funciona, a não ser para ter salário da Prefeitura", denuncia o dirigente.

A proposta de Malaquias é que os responsáveis pelo esporte no Município compareçam ao campo nos finais de semana, e verifiquem quantas equipes passam por lá. O local é, inclusive, apropriado para que seja construído um estádio em vez de acabar com o campo.

"Eu nasci e fui criado na região e sei o quanto isso vale. Na medida em que os órgãos públicos vão cedendo, acaba a o pouco da diversão que temos. As nossas áreas de lazer estão sumindo, pelas pressões imobiliárias, e isso pode gerar sérias conseqüências sociais", adverte.

Segundo o dirigente do Ressaca, o clube possui um cadastro de 183 crianças, que participam das escolinhas e equipes de juvenis, e, caso não haja um incentivo e ajuda por parte do poder público, tanto o trabalho de formação de atletas para grandes clubes será prejudicado, quanto incerto ficaria o futuro da maioria das escolinhas.

"Aqui na Ressaca, não temos sequer uma Academia da Cidade, para que nossas crianças, jovens, adultos e idosos possam se exercitar. E olha que temos indicações e requerimentos dos vereadores da região, Adenir Bravo (PTN) e Rogério Marreco (PSB). Esta é uma prova real do descaso do poder público municipal para conosco", finalizou   Eustáquio Malaquias.

SEL responde

A respeito dos problemas apontados pelo vice-presidente do Ressaca Esporte Clube, Eustáquio Malaquias, o secretário municipal de Esporte e Lazer, Albert Plucky esclarece que procede a informação de que  há um projeto para que um dos campos - Guanabara ou São Joaquim - seja transformado em Praça do PAC, o novo nome da Praça da Juventude.

Quanto ao campo do Ressaca, por ocupar uma área privada, a Prefeitura não pode fazer benfeitorias, o mesmo ocorrendo com os do Laguna, em área da CeasaMinas,  e do Oitis, que fica em área de servidão da Cemig, impedindo a instalação de alambrado. Já os campos do Estaleiro e Vila Esperança, ocupam áreas do Estado. Por sua vez, os estádios do Nova Contagem/Beira Campo, Cruzeirinho e Terrestre, serão reformados ainda neste semestre.

Perguntado se a Prefeitura poderia substituir os campos que ocupam áreas privadas ou do Estado, que porventura forem ocupados por algum tipo de empreendimento, Plucky foi categórico ao afirmar que
"nossa prioridade é reformar os campos pertencentes ao município. Hoje, a Prefeitura não tem como repor esses campos, inclusive porque não existem áreas públicas disponíveis para isto, naquelas regiões", complementou.